Thursday, November 30, 2006

Saturday, July 22, 2006

O Coronel Valentino e Marina V

O coronel Silva criava e vendia gado bovino e suíno, e plantava laranja, soja e café. Naquele tempo não havia caminhões, então ele distribuía sua produção através da ferrovia. As companhias ferroviárias dependiam de concessões do governo estadual, que cobrava frete, e como a única linha ferroviária a disposição passava por três estados, o coronel Silva tinha que pagar frete três vezes, o que acabava encarecendo muito sua produção.
Ele tinha um projeto, junto com os coronéis da região, de criar outra linha ferroviária. Para isso, precisavam da ajuda do governo federal, além do governo do estado dele. Negócios e política, política e negócios...
Valentino, o secretário, ficava lendo para o coronel cego vários tipos de documentos: cartas para os outros coronéis, cartas para os políticos, cartas para as companhias ferroviárias, pareceres técnicos de engenheiros, declarações de políticos, convites para festas e reuniões ( "A Marina teim qui istudá pra si prepará pra tais festas." - dizia o coronel Silva para o Valentino - "Lá, ela num vai cunvivê cum roceras, mais cum as filhas dus otrus coronéis qui sabeim muitu mais qui ela. Ela teim qui intender qui temus cumprumissus sociais, Valentino." ), etc.
Um dia, quando o Valentino estava lendo para o coronel Silva uma carta do governador do estado, a Marina entrou feito um raio dentro do escritório do pai. O Valentino se assustou com o rosto dela: vermelho de raiva, molhado de lagrimas, com a boca dura, rangendo os dentes... e ela ainda respirava ofegantemente. Nesse estado, ela avançou para o pai dela e gritou:
- PAPAI, VOCÊ DEU ORDEM PARA O PAULO FAZER ALGUMA COISA COMIGO?
O coronel e o Valentino pararam o que estavam fazendo por causa da Marina. Eles já sabiam o que era: mais uma discussão por causa da Daniella. A Marina tremia de raiva.
- U qui é issu, mocinha? Eu e u Valentino istamus trabaiandu...
- E O PAULO ME BATENDO! - gritou a Marina, com as duas mãos esfregando as nádegas... - E SEM ORDEM SUA!
O coronel ficou quieto. Cego, de postura firme, ereta, ele ia pedir explicações para a Marina, quando o Paulo entrou gritando também:
- BATI E BATO DE NOVO! E NÃO VAI SER DE MÃO NÃO, VAI SER DE CHINELO! DE CINTO! DE CHICOTE!
- E FOI POR CAUSA DESSA DANIELLA, PAI!
Os dois irmãos começaram a discutir aos gritos, quando o coronel falou, tirando a cinta:
- Já chega! Si algueim mais gritá eu batu! Podi sê homim ô mulê!
Os dois ficaram quietos, e o coronel Silva pediu explicações. Aí o Valentino puxou uma cadeira para cada um, sendo que na da Marina ele, prevenido, já tinha colocado uma almofadinha, pois as nádegas dela deviam estar muito doloridas. O Paulo era forte e tinha a mão dura, cheia de calos, de moço valente mas trabalhador que ele era.
- Lembra do que eu disse quando a Daniella apareceu, coronel? "Ela vai dar problemas". - disse o Valentino ao coronel Silva.
- I cê acertô, Valentino...
* * *
Primeiro, o coronel Silva interrogou à filha. O que ela tinha feito ou dito para deixar o Paulo bravo com ela? E que ela falasse sem gritar nem chorar!
- Eu só disse a verdade, pai. Que a Daniella faz o mano de palhaço, debocha na cara dele, zomba do jeito da gente falar, zomba dos nossos costumes... - e rangendo os dentes de raiva, a Marina continuou - e quando o Paulo tenta falar do jeito dela, para agradar, aí ela ri de debochada e o Paulo pensa que rir por se agradar com ele! Não agüento isso, fui abrir os olhos do Paulo e ele me bateu!
- Você foi é se meter onde não é chamada, Marina! Pensa que não sei que você tem é inveja porque ela foi educada na capital e ciúme porque eu estou gostando dela? Gosto dela sim, é uma moça muito prendada, muito bonita e tenho pena dela ser desamparada, sem mãe e com o pai inimigo dela!
- Então pai, está certo isso? - perguntava a Marina, tremendo de raiva e enxugando as lágrimas - ele me bater porque falei a verdade? Porque disse que a Daniella faz ele de palhaço e vive empinada, achando que o mano a qualquer hora será dela?
- Você sabe como a Marina é desaforada, pai, e sabe que quando ela está brava esquece quem é mais forte, e parte pra cima provocando e atacando...
* * *
Naquele dia, o Paulo tinha ido pesquisar o livro de pronuncia que o Coronel Silva arrumara para o Valentino. Ele bem sabia que errava muito na pronuncia de algumas palavras mais difíceis, e queria corrigir isso. No fundo ele sabia que a irmã, por desaforada que fosse, tinha razão: a Daniella caçoava dele. Ele sofria calado, não comentava nada com ninguém, e fingia não reparar o deboche da mulher amada... mas por dentro ele sentia vontade de se matar! Porém, tinha esperanças de corrigir seu forte sotaque regional. A Marina não falava parecido com a Daniella? O Valentino não tinha sido um roceiro, depois bandoleiro, e agora, ele não falava feito um doutor? E tanto o Valentino quanto a Marina treinaram a pronuncia com o livro que o coronel Silva comprara para eles...
O Paulo foi até a biblioteca, onde deu com a Marina. Ela estudava emburrada, como sempre, e o Paulo leu um trecho do livro, ensaiou uma frase, esqueceu que a irmã estava na biblioteca e falou alto, bem afetado, gaguejando em algumas palavras difíceis, e suspirando pela Daniella...
- NÃO É POSSIVEL QUE VOCÊ NÃO VEJA QUE É O MACACO DESSA DANIELLA!
Os gritos da Marina surpreenderam o Paulo. Ele viu a irmã olhando para ele com a maior cara de brava... então ele saiu e levou o livro consigo. A Marina foi atrás.
- Seu besta, ela vive mangando de ti! Qualquer um pouca coisa mais esperto que você sabe que ela quer é ti fazer de palhaço! Meus Deus, ela rir esnobe para você e você pensando que está agradando! Acorda Paulo, que ela vai é te levar pelo nariz, feito moleque, vai é te por coleira, feito cachorro...
- Chega, Marina! Para com isso!
Mas o que da Marina parar! Ela fez foi ir atrás do Paulo, falando, brigando, discutindo... O Paulo pôs as mãos na cabeça, tentava se controlar, e quanto mais nervoso ele ficava mais a Marina o perturbava...
Numa hora Paulo disse:
- Marina, eu já te bati uma vez e posso bater de novo!
- Antes você era um homem, Paulo, agora é um cachorrinho da dondoca!
Com isso Paulo se virou e encarou a irmã. A Marina olhava para ele com uma expressão de desafio. Nessa hora ela torceu a boca com desprezo e empinou o narizinho, imitando a Daniella, quando esta troçava do Paulo. Foi demais.
O Paulo pulou em cima da irmã e os dois caíram em cima de um sofá. O Paulo, segurando a irmã que gritava, sentou no sofá, deitou ela de bruços no colo dele, e PLAFT, nas nádegas da Marina...
PLAFT, PLAFT, PLAFT...
O Paulo segurava ela pelas pernas, o que tornava mais difícil ela escapar. A Marina ainda tentou se proteger da surra tampando o traseiro com a mão, mas as palmadas em cima da mão doíam mais e ela então passou a usar as duas mãos para tentar escapar.
PLAFT, PLAFT, PLAFT...
A Marina gritava, xingava, se sacudia... mas estava bem presa. O Paulo a mantinha segura... a Marina usava uma saia folgada, mas muito fina, como sempre quando ficava em casa, pois se sentia mais a vontade assim. Esta saia não a protegia muito das palmadas, ainda mais tendo ela um traseiro grande e redondo...
PLAFT, PLAFT, PLAFT...
A expressão séria e resoluta do Paulo davam a impressão que ele nunca iria se cansar - e irritava ainda mais a Marina. Quanto mais ela apanhava mais ela xingava e se mexia, porque nada enfurece mais uma pessoa passional, e a Marina era muito passional, do que a calma dos outros quando brigam com ela. E o Paulo, calado e sério, batia cada vez mais, sempre frio e determinado...
PLAFT, PLAFT, PLAFT...
- AI PAULO, PARA COM ISSO! Seu idiota... AI... eu só AI... falei a AI... a verdade... AIIIIIII... VOU CONTAR PRO PAPAI!
- Vou - PLAFT na nádega esquerda - parar - PLAFT na nádega direita - quando - PLAFT na nádega esquerda - achar - PLAFT na nádega direita - que - PLAFT na nádega esquerda - você - PLAFT na nádega direita - já foi - PLAFT na nádega esquerda - castigada - PLAFT na nádega direita - o bastante - PLAFT na nádega esquerda - Marina!
E essa foi a única frase do Paulo durante a surra. E a Marina gritando, chorando, xingando... e o Paulo: PLAFT, PLAFT, PLAFT...
Até que parou. Enfim! E levantou a Marina do colo. Ela olhava para ele esfregando as nádegas, tremendo de raiva, rangendo os dentes. Quando a Marina encostava as mãos nas nádegas fazia uma careta sentida, mas engolia o choro, não iria dar este prazer ao Paulo... E ele começou um sermão:
- Uma coisa vai ficar bem clara nesta casa, Marina! Eu e a Daniella...
Foi ouvir o nome Daniella que a Marina saiu correndo da sala onde eles estavam para ir até o escritório do pai deles, onde estavam trabalhando o Coronel e o Valentino.
Ela foi mesmo contar para o papai...
* * *
A Daniella certamente não imaginava que haveria tanta briga na casa do coronel Silva, quando o advogado a aconselhou a ir para a terra da mãe dela.
Depois que a irmã Mirian a levou para falar com o advogado, este ouviu as explicações, leu os documentos, consultou os autos, analisou a situação da Daniella, que não podia mais ficar no internato e tinha que se virar, e afinal disse:
- Senhorita, pelas minhas pesquisas a sua mãe é de uma família rica no interior, e seu pai é um grande latifundiário. Eles a abandonaram na capital, e a iludiram, fazendo a senhorita crer ser uma órfã. Penso que a senhorita tem direito a uma indenização.
- Ah, doutor, eu não posso pagá-lo... não sei se o senhor pode examinar isto para mim de graça...
- Não de graça, combinaremos uma comissão se a senhorita ganhar a causa... mas de qualquer modo, eu faço isso pela amizade da irmã Mirian e porque a situação da senhorita é comovente...
Na verdade, o advogado queria arrancar dinheiro do coronel Souza. O pai da Daniella era muito rico, ele certamente teria que pagar uma grande indenização para a filha, se esta o processasse... e talvez ele pudesse entrar em acordo com o coronel, trabalhar para Daniella perder o processo... se fizesse as coisas direito e ganhasse o processo, ele ganharia uma comissão. Se trabalhasse para o Coronel Souza ganhar o processo, ele receberia um bom suborno. A ingênua irmã Mirian não sabia que tinha levado a querida aluna para um vigarista, mas este vigarista também não sabia que estava levando a Daniella para encontrar o amor... mas não vamos nos antecipar.
A conselho do advogado, a Daniella entrou em ação contra o pai. E o Velho Coronel Souza um dia recebeu uma intimação dizendo que ele deveria comparecer a uma audiência em certo dia, em certa comarca, etc.
O advogado vigarista, porém, não sabia como era a justiça no interior do Brasil. As autoridades nunca ousavam ir contra os coronéis. Eles, na verdade, nomeavam as autoridades. E o Juiz, como todas as autoridades locais, era nomeação do velho Coronel Souza. Quando o advogado apareceu lá para desenterrar esta história e iniciar o processo, o juiz logo avisou o Coronel Souza, que instruiu o juiz para que ele atraísse a Daniella e seu advogado.
O juiz então intimou a Daniella a comparecer naquelas bandas. E no dia marcado a Daniella apareceu na estação de trem, se encontrou com o advogado, e no caminho para a cidade onde o processo corria foram emboscados pelo terrível jagunço Florisvaldo. Florisvaldo matou o advogado e mais três pessoas que estavam com eles, e levou a Daniella para a cabana dele, onde esperaria o coronel Souza. A moça muito chorava sua sorte, já se imaginando arrombada pela tropa de Florisvado, e depois açoitada até a morte pelo pai... Mas o destino acabou sendo bondoso com ela: o Bento Picão aparecera com Paulo e Mauro, os filhos do Coronel Silva, e depois de dura luta acabaram por matar Florisvaldo e pegaram a Daniella.
E ela acabou por ir parar na fazenda do Coronel Silva.
Desde o começo se impressionara com a valentia do Paulo, e como ele havia ganho facilmente do perigoso Florisvaldo. E desde o começo sentiu que o Paulo ficava nervoso e perturbado perto dela. A Daniella, órfã desamparada, acabou decidindo que talvez fosse uma boa idéia se aproveitar do Paulo. Afinal, ela estava em má situação, sem mãe, com o pai inimigo dela, e sem bens... o Paulo, apaixonado por ela e sendo um bugre sem instrução, podia ser muito útil.
Quanto ao Paulo, demorou, mas ele acabou descobrindo que um remédio bom para uma mocinha enjoada da roça, a Marina, também é bom para uma mocinha empinada da capital, a Daniella, como veremos depois...

O Coronel Valentino e Marina IV

Passaram-se várias semanas, depois da surra que o Paulo deu em Marina. Ela já falava mais parecido com o Valentino que com o resto da família. Em princípio, por troça, para imitar e caçoar do Valentino. Depois por gosto. Isso acontece. Quem presta atenção ao que fala e se preocupa em falar corretamente, acaba se deixando levar pela beleza da língua portuguesa, e aos poucos passa a falar corretamente até por hábito.
Um outro motivo era ver que o velho pai cego dela satisfeito com a filha cada vez mais instruída. Ela gostava sinceramente do pai. E começava a ver a chance de voltar a ser secretária dele, como antes do Valentino aparecer.
Se com o pai ela era um tanto mais humilde, com os irmãos e o Valentino ela vivia emburrada. Obedecia, mas só quando sabia que o velho pai estava por trás deles. Não era de jeito nenhum solícita ou prestativa. Logo depois de apanhar do Paulo ela tomava algum cuidado, mas guardando mágoa... Fazia o que precisava para não apanhar e só.
Com o tempo, ela viu que progredindo nos estudos o pai era mais camarada com ela, mais tolerante... ele também tinha saudades da Marina ao lado dele, e queria que ela voltasse logo para o lugar de secretária. Então a Marina começou a descontar nos irmãos as surras que levara. Voltou a empinar o narizinho para os irmãos. Sempre respondendo mal, quando estava de mal humor - o que era quase sempre. Ela só se sentia feliz em duas ocasiões: quando estava ao lado do pai e quando descobria nos livros alguma coisa que tinha certeza que o Valentino não sabia. Então ela comentava o que acabava de descobrir para o pai dela, geralmente na frente do Valentino, e o velho sempre comentava isso com ele. E quando ele confessava a ignorância, ela dava um risinho de desdém...
No começo o Valentino não ligava, pensando no quanto que ela já tinha ficado com o rabo inchado. Mas o tempo foi passando, ela foi ficando cada vez mais abusada e venenosa. E Valentino chegou a uma conclusão: aquela moça-donzela na fase final da adolescência precisava de duas coisas: homem e palmadas...
* * *
Enquanto o Valentino ensinava a Marina e secretariava o cego coronel Silva, que admirava a filha cada vez mais instruída, e os moços cuidavam do gado e supervisionavam as colheitas, a guerra entre os Souza e os Silva continuava. O Bento Picão havia descoberto que o jagunço Florisvaldo estava com três companheiros, pelos lados da mata de piraruçu. O Florisvaldo era um jagunço cruel, que havia participado da emboscada que deixara cego o Coronel Silva. E como Bento picão tinha contas a acertar com ele, e sabia que os meninos também queriam pegá-lo, resolveu chamá-los para a aventura. Os dois filhos do Coronel Silva, mais o Bento Picão e dois jagunços, perfazendo cinco homens, atacaram a casinha de sapé onde Florisvaldo se acoitava com parte do seu bando. Mataram todos os inimigos, o Florisvaldo mais quatro jagunços, perderam dois homens, sobraram o próprio Bento Picão e os dois filhos do Coronel Silva.
E uma moça loira.
- Qualé seu nomi, moça loira?
- Da... Daniella.
- Queim é seu pai?
A Daniella abaixou a cabeça e começou a chorar... o Bento Picão levantou o rifle para a cara dela, ela caiu no chão, de joelhos, falando:
- Olha, se vocês querem se aproveitar de mim, não vou resistir, mas por favor, não me machuquem.
- Queim pensa que somus? Num molestamus moças-donzelas. Mas queim é seu pai?
- É o... coronel Sousa...
Os homens se olharam, surpresos e um tanto incrédulos.
- Eu nunca sube qui eli tivessi tidu alguma filha...
- Cê é filha da Sinhá Magda?
- Esse era o nome da minha mãe, sim...
- Paulo, eu cunheci a mãi dela. - e depois, sussurrando baixinho ao ouvindo dos moços: - Purissu qui hoji sô inimigu du Souza...
- Si cê é filha du Sousa, purque táqui, na cabana du Florisvaldu?
- O que vocês vão fazer comigo?
- Reisponda a genti primero! U qui cê faiz na cabana du Florisvaldu?
- Eu fui seqüestrada... tenho uma lide judiciária com meu pai, o coronel Souza, daí meu pai mandou esses homens me caçar e eles mataram meu advogado e me prenderam aqui, enquanto um deles foi chamar meu pai. Mas vocês vieram, mataram eles e agora estou a mercê de vocês... Olha, daqui a pouco chega meu pai com mais homens,. É melhor saírem daqui logo... se querem se divertir comigo, seja, sou uma mocinha e vocês são três homens fortes, nada posso fazer... mas por favor, não me machuquem muito...
- ORA, CALI A BOCA. JÁ TI DISSI QUI NUM MOLESTAMUS MOÇAS-DONZELAS!
- Ela teim raizãu, Paulo! Vam'bora daqui!
- É, mais vamus levá ela cum a genti. Queim sabi si u Souza num acabará pur pagá um resgati? Istu é, si ela for mesmu filha du Souza... Vamus levá ela pur papai, pá eli dicidí u qui fazê.
E assim, a Marina ganhou uma companheira...
* * *
A Daniella não tinha o sotaque daquela região. Ela havia sido educada em um internato de moças. E não conhecia o Pai. O Velho Souza havia se casado com a mãe da Daniella e a engravidou na primeira noite. A mãe da Daniella, alguns meses depois de ter a filha, estava gostando de um jagunço do Souza: Bento Picão.
Quando o Coronel Souza soube, a Daniella tinha um ano. Ele ficou muito contrariado, mas por interesse não quis matar a mulher nem terminar o casamento - havia recebido muitos acres de terra como dote dela. Então ele resolveu assustá-la. Procurou a mulher e disse:
- Sua vagabunda seim-vegonha, eu ti dô duas iscolhas: cê somi daqui cum teu bugre, e ti dô uma pensão, ou eu ti matu.
A mãe da Daniella escolheu a segunda alternativa. Não podia enfrentar um Coronel poderoso, e a própria família dela a renegaria se soubesse da desonra... e depois não achava nada mal viver de pensão. Mas exigiu levar a filha. O Coronel Souza concordou. Ele não era muito apegado à menina, queria ter tido um filho homem. Além disso, poderia dizer, como disse, que a esposa não o desonrou nem o abandonou. Ela foi para a capital supervisionar a educação da filha deles.
Logo a mãe da Daniella viu que a pensão do Coronel Souza não dava para nada - isso quando ele mandava alguma coisa. Mas não tinha problema, ela era uma senhora jovem e bonita, podia muito bem se vender para seus novos amigos, os ricos senhores da capital. O Bento Picão voltara para a terra deles. Ele não queria dever favores a uma mulher, e muito menos ver a amante se prostituir para arranjar dinheiro para ele, era orgulhoso demais para isso. Quanto à Daniella, esta ficou num internato religioso, cheio de freiras e dirigido por um padre, onde disseram que ela era órfã. Ela nada soubera, até deixar o internato, que tinha mãe, que a mãe era de rica e respeitável família do interior, que a mãe virara prostituta na cidade grande, e muito menos que era herdeira de grandes extensões de terra...
* * *
A criança Daniella se transformou em uma adolescente, a adolescente em uma bela jovem mulher.
Até que na infância a Daniella foi uma mocinha feliz. Inocente, sapeca, sempre alegre, brincava com as amiguinhas no internato, com as bondosas freiras vigiando e controlando, e era uma criança normal. Verdade que sofria porque todas tinham pais e ela não. Conseqüência da mãe ser prostituta: ela colocara a Daniella em um internato de elite, mas em troca era amante do padre-diretor. Este impôs à amante uma condição: que ela nunca aparecesse para visitar a filha. Para todos os efeitos a Daniella seria uma órfã que estava no internato por caridade. E assim ela crescera...
A mocinha ficava no internato durante as férias, enquanto as amiguinhas viajavam com os pais. As freiras eram bondosas, mas não eram companhias para ela. A medida em que crescia ela foi ficando rebelde, teimosa, atrevida, uma mistura do temperamento do pai, cruel coronel do interior, e da mãe, cínica prostituta da capital. Por outro lado, muitas das amiguinhas de infância dela se afastaram com o tempo. Era preciso que não se metessem com a órfã, e que dessem prioridade à amizades outras moças ricas... As freiras, ou não queriam problemas com ela, ou se agoniavam por ela crescer, tão rebelde e bonita. Justamente as que mais gostavam dela mais a castigavam.
No internato, naqueles tempos, havia muitos castigos físicos. No caso da Daniella, rebelde por temperamento e pelas circunstâncias, os castigos eram freqüentes. Não prestava atenção às aulas, não obedecia aos professores... e tratava mal todas as coleguinhas, por revolta e inveja. Todas elas tinham famílias! Ela não teve quem lhe comprasse roupa, era sempre a mais mal vestida das festas, não havia quem fizesse festa para ela, nem quem lhe desse parabéns nos aniversários... Por tudo isso a Daniella vivia revoltada e por se revoltar apanhava muito de palmatória, de vara - quase sempre na palma da mão...
Com a irmã Mirian, bondosa freira que era também professora ( de homem, naquele internato, só havia o padre-diretor ), era diferente. Não que deixasse de ser rebelde e turrona, mas a irmã Mirian sabia como conversar com ela - e até faze-la mudar de idéia as vezes. O segredo da autoridade da irmã Mirian era que ela compreendia os problemas da Daniella, gostava dela sinceramente, e sabia bater também. Em vez de mandar a mocinha estender as mãos, como faziam as outras freiras, e a Daniella não obedecia, sempre era preciso que alguém, quase sempre outra freira, as vezes alguma outra aluna, segurasse a menina, a irmã Mirian sentava ela numa cadeira, conversava com ela, fazia ela entender que tinha errado, e então, dava duas opções: levantar a saia para apanhar no bumbum, ou ficar de castigo. Mas se fugisse do castigo, apanharia de vara na mão. O que a Daniella detestava mais que tudo.
Na maioria das vezes, a Daniella escolhia apanhar no bumbum. Ela não agüentaria ficar muito tempo parada num canto, era muito inquieta... ia acabar fugindo do castigo e apanhando na mão.
Então a Irmã Mirian, com uma vara de marmelo, se posicionava atrás da Daniella, a media de cima a baixo, admirando os belos cabelos loiros, depois o pescoço bem formado, os ombros bem talhados, a cintura fina, o bumbum, Ah, a Irmã tinha pena quando olhava o bumbum da Daniella, redondo, branco e durinho, que a cintura fina e logo mais embaixo as coxas firmes realçavam com delicadeza... depois as coxas, os joelhos, a batata da perna, as canelas, os pés... depois o olhar da Irmã Mirian se fixava no belíssimo bumbum.
A Irmã Mirian, como todas as freiras, sabia que a Daniella não era órfã, mas filha de uma prostituta. E justamente por isso a menina precisava, mais do que as outras, de disciplina e orientação. As outras freiras, sabendo das origens de Daniella, evitavam até mesmo olhar para a mocinha, que se sabia indesejada no internato, e pior, sem saber porque. Mas a irmã Mirian sempre estava a disposição para dar bons conselhos e algum carinho. De certa forma, até achava normal a donzela ser tão revoltada e atrevida. O estranho seria se não fosse. "Ela herdou os maus instintos dos pais. Meu dever de cristã é ajudá-la a reprimi-los!" Porque se a rebeldia era uma atitude normal, nem por isso a jovem tinha o direito de infringir as normas do colégio, ou tratar mal as freiras e as colegas, que afinal não tinham nenhuma culpa...
- O nosso direito acaba quando o direito do outro começa, Daniella! Você agindo assim, não obedecendo as regras do internato e maltratando suas colegas, está infringindo o direito dos outros.
Como a freira tinha pena, olhando o bumbum nu e belo da Daniella. Mas era preciso que a lição ficasse marcado na carne, ao mesmo tempo que na consciência. Por isso ela preferia a vara de marmelo, que não deixava marcas, ardia muito tempo mas não doía tanto assim. Por isso também preferia que a surra fosse no bumbum, onde não havia riscos de lesões ou seqüelas permanentes.
Quando a surra começava, os golpes eram muito fortes e rápidos. O bumbum da Daniella se coloria rapidamente de fios vermelhos dentro de faixas rosas. Depois, a medida em que o bumbum passava de branco a rosa com fiapos vermelhos, a Irmã Mirian passava a bater mais devagar, olhando bem, para não bater no mesmo lugar duas vezes. Isso levava poucos minutos, geralmente menos de quinze. Depois da surra a Daniella ficava de castigo com o bumbum de fora, em um canto do quarto da Irmã Mirian.
Estas surras deviam ser em segredo. As outras freiras e alunas não tinham permissão para ver a Daniella ser castigada no bumbum, embora as alunas morressem de curiosidade. A irmã Mirian tinha muita autoridade entre as moças, e as proibia de ver o Daniella de castigo, ou durante a surra. Uma vez a irmã Mirian surpreendeu duas moças espiando a Daniella por um buraco na parede. Então mandou chamar a Daniella.
* * *
A Daniella entrou na sala da diretoria e levou um susto. Duas alunas, justamente as das duas famílias mais ricas, estavam ajoelhada numa cadeira, com a saia levantada e as calcinhas arriadas. A Daniella se surpreendeu com a cena, ela era esnobada horrivelmente pelas duas... então a irmã Mirian falou:
- Daniella, estas duas espiaram você ser castigada ontem de vara, contrariando minhas ordens. Hoje, você vai assistir as duas serem castigadas. Sente-se nesta cadeira por uns minutos, por favor.
- Não, irmã Mirian, na frente dela não!
As riquinhas tremiam de medo, e morriam de vergonha de estarem com os bumbuns de mocinhas diante dos olhos da Daniella e da irmã Mirian. Logo elas, que viviam arrogantes por causa da riqueza de suas famílias, e achavam que nunca iriam apanhar na vida - tinham mesmo orgulho de dizer para as coleguinhas que nunca haviam apanhado! Elas achavam que a vergonha doía mais que a surra que iam levar, mas logo mudariam de opinião...
- Na frente dela sim! Vocês não gostaram de ver ela apanhar? Então não reclamem dela ver vocês duas apanhando!
A Daniella se sentou, numa almofada, afinal ela tinha apanhando no da anterior, e muito comodamente se pôs a assistir o espetáculo. Elas gelaram quando ouviram, da direção da Daniella, uma risadinha de desdém, igual a que elas costumavam dar quando a Daniella, a órfã pobretona e revoltada, passava perto delas...
ZAPT
A primeira varada pegou as duas ao mesmo tempo. Elas estavam com os bumbuns lado a lado, de forma que a irmã Mirian podia bater nas duas com um golpe só. A Daniella estava muito interessada, não só porque eram duas riquinhas metidas a besta, como também porque queria ver como o bumbum dela quando apanhava de vara, afinal de contas.
ZAPT, ZAPT, ZAPT, ZAPT....
Era assim: um assobio fino, depois pousava num bumbum: ZAPT. Ora o bumbum de uma, ora o de outra, as vezes de ambas...
ZAPT, ZAPT, ZAPT...
O lugar onde a vara atingia ficava vermelho, e ao redor surgia uma faixa rosa, como o bumbum da própria Daniella. As riquinhas começaram a chorar, e a Daniella pensou: "Molengas! Eu apanho muito mais que elas há muito mais tempo, e nunca deixo escapar uma lágrima!"
ZAPT, ZAPT, ZAPT...
As duas choravam alto, e a irmã então resolveu começar um sermão mas sem deixar de bater:
- Pensam ZAPT que ZAPT não ZAPT sei ZAPT como ZAPT vocês ZAPT vivem ZAPT dando ZAPT uma ZAPT de ZAPT mimadinhas ZAPT para ZAPT cima ZAPT de ZAPT Daniella ZAPT? ZAPT Pensa ZAPT que ZAPT não ZAPT sei ZAPT que ZAPT vocês ZAPT se ZAPT acham ZAPT muito ZAPT superior ZAPT a ZAPT Daniella ZAPT e ZAPT as ZAPT outras ZAPT colegas ZAPT? ZAPT Mas ZAPT saibam ZAPT isso ZAPT, ZAPT quem ZAPT faz ZAPT coisa ZAPT errada ZAPT, ZAPT pode ZAPT ser ZAPT filha ZAPT de ZAPT rainha ZAPT ou ZAPT de ZAPT empregada ZAPT, ZAPT tem ZAPT seu ZAPT castigo ZAPT neste ZAPT internato ZAPT! FUI CLARA?
As duas riquinhas só faziam chorar, gemer e responder com humildade:
- Sim senhora... ai!, sim... ai!, foi clara... ai!, MAS PARA, ai, ai, ai...
Quando a surra delas acabou, elas ficaram ainda ajoelhadas de castigo. Baixaram as saias para tampar os bumbuns, mas ao tocar o tecido a pele ardeu e elas fizeram uma careta de dor. A irmã Mirian disse então:
É melhor vocês ficarem com seus bumbuns ao vento, enquanto estiverem de castigo. Assim, arde menos.
Quanto a Daniella, ela havia saído da sala com o fim da surra, e agora voltara com um pote de creme na mão:
- Olha, este creme meu é ótimo para um bumbum que acabou de apanhar de vara. Falo porque sei. Se quiserem, eu passo em vocês.
- IRMÃ, A DANIELLA ESTÁ ZOMBANDO DA GENTE!
- Não estou não, irmã Mirian, minha intenção é boa!
- Eu acredito, Daniella. Não ligue para elas não, elas estão nervosas... fique aqui, que eu acho que elas vão mudar de idéia...
Cinco minutos depois, uma delas se desculpou e muito humildemente pediu para a Daniella passar o tal creme nela, pois a ardência era realmente muito grande. A Daniella passou o creme com todo o cuidado, pegando bem de leve nas partes mais feridas. E pensou que até que a riquinha não tinha um bumbum muito feio, pelo contrário, era redondo e macio...
A outra preferiu dar uma de durona, e embora estivesse louca para que alguém aliviasse o bumbum dela, o orgulho não a deixou se humilhar para a Daniella. Esta se chamava Márcia. A que a Daniella medicou se chamava Marta. A Marta acabou ficando amiga da Daniella, mas a Márcia sempre virava a cara, de raiva, quando a Daniella aparecia. Bom, melhor isso que riso de desdém...
* * *
Graças a irmã Mirian, a Daniella pode refrear sua revolta, e recuperou algumas amizades entre as alunas. Havia algumas moças de bom coração, nem todas eram esnobes cínicas. E afinal, ela era uma mocinha inteligente, apesar de tudo. Sempre tirara boas notas nas provas, e muitas moças a admiravam de verdade. A irmã Mirian dizia sempre que a Daniella parasse de se lamentar, que a vida não tinha só coisas ruins, e se ela fosse uma pessoa boa e temente a Deus, poderia também encontrar boas pessoas na vida dela. As boas lições da irmã Mirian, o amor mais a disciplina, criaram raízes profundas na alma da Daniella, e foram a boa semente que um dia haveria de dar bons frutos. Como o amor do velho coronel Silva pela Marina, junto com umas palmadas de vez em quando, acabaram por fazer dela uma mulher de muitos méritos, apesar da Marina ser tão turrona e abusada quanto a Daniella...
A Daniella nunca na vida se esqueceu do dia em que completou dezesseis anos. O internato sempre comemorava os aniversários de suas alunas, mas ela nunca teve uma festa, porque o padre diretor não queria chamar a atenção para a filha de sua amante...Ela andava deprimida pelos cantos, chateadíssima, porque ninguém sequer a tinha cumprimentado... e todas as moças de lá ganhavam festas, e presentes...
Para não ter que encontrar ninguém, ela se isolava nos cantos, evitava as pessoas... e uma colega dela então apareceu para dizer que a irmã Mirian queria falar com ela. A Daniella foi emburrada, achando que devia ser por alguma arte. .. quando entrou no quarto estava tudo escuro, ela ficou com medo... então falou meio baixinho:
- Irmã Mirian?
E as luzes se acenderam. A irmã Mirian, com algumas alunas, tinha preparado uma festa para a Daniella. Havia bolos, sucos, e até musica... naquele dia, ela chorara de alegria. Muitos anos depois, casada com o Paulo, a Daniella ainda falava daquele dia como o mais feliz da vida dela. E sempre disse que se ela teve uma mãe no mundo, fora a irmã Mirian.
* * *
Quando a Daniella tinha seus dezessete anos, a mãe dela terminou o caso com o padre-diretor. Ela havia fisgado um milionário argentino e deixara o pais. O "afair" deu o maior escândalo e foi comentado por toda a sociedade. O padre-diretor não quis mais que a Daniella ficasse no internato, agora ele já não tinha nada a ganhar, pois a amante o tinha deixado - e muito a perder, se o caso dele fosse descoberto, e com a filha daquela prostituta escandalosa no internato, o risco era grande. Foi a irmã Mirian que procurou a Daniella para lhe dizer, entre lágrimas, que lá ela não poderia mais ficar.
Disse a verdade, que havia sido escondida por muito tempo. Que a Daniella não era uma ófã, mas filha de uma prostituta! Que a mãe, com a cumplicidade do padre-diretor, havia abandonado a Daniella no internato! Que agora ela seria escorraçada dali, para não criar problemas para o padre-diretor!
A Daniella chorava, a irmã Mirian, porém, mantinha a cabeça fria.
- Pare de chorar, menina! Ouça com atenção: sua mãe ganhou muito dinheiro se prostituindo, eu conheço um advogado... e sua mãe também tinha família, família dela é sua, você é herdeira deles... Vamos procurar o advogado, você talvez não esteja tão mal assim...

O povoamento do Vale I

Foi um dia de grande tempestade. O barco recém naufragado era uma caravela do século XVI, muito usada pelos europeus que vinham tentar a sorte no Brasil. Os rochedos e recifes traiçoeiros eram infelizmente comuns naquela parte do nosso litoral. As caravelas eram barcos muito frágeis, embora fossem os melhores disponíveis naqueles tempos. Os pilotos ainda não sabiam direito como se conduzir naquelas águas desconhecidas. E aquela foi uma grande tempestade.
Na beira da praia, cheia de destroços, Jacques Filipoux acompanhava aquele inglês meio doido, que dizia sem parar: "my daughters... O my daughters..."
Jacques tinha vindo com seus três filhos fazer comércio na costa. Ele trazia esmeraldas do Vale do Piraruçu para trocar por diversas mercadorias e por gado bovino com João Valente, seu velho amigo. Para tanto, precisava dos seus três filhos maiores. O resto de sua imensa família, sete irmãs índias, que eram suas mulheres, seu sogro, o antigo pajé da tribo da costa que agora era totalmente cristianizada, e suas filhas, vinte indiazinhas bem encrenqueiras, ficara no Vale do Piraruçu. Jacques pensava que não era bom que seus filhos só conhecessem as irmãs, afinal era incesto, eles precisavam povoar a terra com sangue estrangeiro, não irmão... mas por outro lado, os índios vizinhos eram muito selvagens e os colonos eram aventureiros que só queriam voltar ricos para Portugal... então aparecera aquele inglês, com esta história de "my daughters, my daughters..."
Jacques falava muito pouco inglês. E mesmo o francês, além de ser com sotaque normando, ele tinha quase que esquecido. Ele se dava melhor com o português seiscentista dos colonos, mas a língua dele mesmo era o guarani das tribos do litoral. O homem que andava com ele pela praia não falava português e nem guarani. O jeito então era o Jacques puxa da memória algumas palavras francesas e inglesas, que não usava desde os tempos de pirata e traficante de pau-brasil.
- Your daughters... votre filles?- Oui, oui... my filles... mom daughters... ou est mon trois filles?
O francês do inglês não era muito melhor que o inglês de Jacques... eles se entendiam mais na base da mímica que conversando. Mas depois de andarem por mais de meia hora por aquela praia deserta, Jacques viu um dos seus três filhos chegar com uma moça loira. Quando ela viu o pai ao lado de Jacques Filipoux, correu até ele, e chorando pai e filha se abraçaram...
Enquanto isso, Jacques e seu filho conversavam em guarani:
- Esta moça, José, onde estava? - o menino se chamava José por ser fácil de pronunciar em guarani e por ter nascido no dia de São José do Egito. Os outros filhos se chamavam Tiago e Davi, também por motivos semelhantes.- Estava a um quilometro daqui, meu pai. Ela estava desmaiada em um bote, com mais três homens mortos...- Que coisa horrível! Foi sem dúvida uma terrível tempestade, esta que se abateu por estas costas!- Sem dúvida! Meus irmãos saíram a procurar por mais duas moças, pois parece que este homem teria mais duas filhas...
Jacques olhou para a moça, que ainda chorava, abraçada ao pai dela. Tanto pai quanto a filha estavam em farrapos, e choravam. Um dizia chorando: "O Lucy, my daughter... O, Jane and Frances...", e a outra respondia, chorando também: "My sisters... my kind sisters..."
Jacques admirava a pele branquíssima dos dois. Ele próprio, Jacques, também era muito branco, loiro, mas depois de quase quarenta anos de sol tropical ele agora era bastante bronzeado, parecia até um índio... pelo menos era tão moreno quanto os filhos caboclos que tinha criado naquele fim-de-mundo, tão distante da Inglaterra e da Normandia...
De repente o vento sacudiu as roupas da donzela da terra de santo Graal, e Jacques teve um vislumbre das nádegas pequenas mas redondas de Lucy, a filha que tinha sido encontrada. Estavam cheias de marcas vermelhas de dedos, bastante machucadas. Jacques conhecia muito bem aquelas marcas, devido a ter que disciplinar sete esposas índias bastantes fogosas, e várias filhas adolescentes, muito rebeldes, e perguntou ao José:
- Você deu palmadas nela, meu filho?- Tive que dar, pai. Me lembrei do que o senhor disse, que não se deve bater na cara e nem em partes vitais do corpo de uma moça, nas meninas se deve bater nas nádegas... e foi o que eu fiz.- E você pode me dizer o motivo?- Bem... como eu dizia, nós a encontramos com três homens mortos em um bote, e ela estava inconsciente. Meus irmãos saíram atrás das irmãs dela, e eu fiquei junto ao bote, para evitar que acontecesse algo com ela. Então, depois de uns minutos, eu a vi se levantando, e ela percebeu que seus companheiros estavam mortos. Me viu, e se afastou com medo, pois não sabia que eu era de paz e queria ajudar...- E você, o que fez?- Eu fui atrás dela, sem ameaçar, esperando ela se acalmar... de repente, ela correu até um objeto que tinha ido dar na praia, e pegou uma espada e me ameaçou. Eu me afastei, mas continuei olhando ela, a distância... ela resolveu por algum motivo correr atrás de mim com a espada, e tentou me atingir... estava muito perturbada.- E...?- Eu então fui me afastando dela a medida em que ela me ameaçava... mas ela queria me pegar... - o moço olhou para a filha do inglês e riu - vê se pode, pai, uma menina que mal deve ter entrado na puberdade... mas ela já tem umas nádegas bem feitinhas...- Bom, e aí...- Aí ela caiu e largou a espada. Eu a deixei se levantar, sem ameaçar nem nada, olhando calmo para ela, achando que aí ela entenderia que eu não sou inimigo... mas qual, ela se levantou e tentou me ferir com a espada, correndo atrás de mim. Resolvi então que era hora de acabar com a brincadeira, e tomei a espada dela.- E ela?- Ficou ainda mais doida. Ficou me esmurrando com as mãos, e me arranhando... menina boba, eu sou o dobro dela, e ainda estava com a espada!- Ela estava perturbada, com o naufrágio, a perda dos parentes próximos, e ainda a morte dos companheiros... devemos desculpá-la.- E eu a desculpo, pai. Mas ela ficou querendo tomar a espada e me bater... eu precisava fazer algo para acalmá-la, não precisava?- E deu palmadas nela!- Até aí, não. Eu a pus em cima do meu ombro esquerdo, e a levei para uma fonte, perto da praia para molhar ela com água doce... mas ela ficou arranhando e esmurrando minhas costas, e isso me atrapalhava muito... então eu resolvi a questão de uma vez: me sentei em uma rocha perto da fonte, deitei a moça no meu colo, de bruços, rasguei os trapos com que ela cobre as nádegas e PLAFT, mandei palmada.
Jacques olhou outra vez para as nádegas da moça. Estavam bem vermelhas...
- Você bate bem, hein filho?- Não papai... é que a pele dela é muito clarinha e sensível... eu dei muitas palmadas, porque ela demorou a se acalmar, mas não bati muito forte.- Ela então demorou a se acalmar?- Nossa, papai... o que ela se sacudiu! Mexia os braços, mexia as pernas, tentava me atingir com o calcanhar, me arranhava e me esmurrava e me mordia... eu só ria das tentativas infantis dela me machucar e depois de cada gargalhada eu dava uma palmada um pouco mais forte nas nádegas dela... depois de um tempo ela resolveu se proteger, pondo a mão na frente do traseiro, mas eu bati então por cima da mão e ela tirou a mão rápidinho... ela gemia de dor, soprava a mão e já tinha deixado de tentar resistir de modo tão pueril e infrutífero...- Então, José, você aí terminou a surra?- Depois disso, dei mais umas dez palmadas e dei a surra por terminada. Eu a levantei do meu colo e fiz sinais para ela se lavar na fonte. Ela olhava emburrada para mim, então eu levantei a mão na direção das nádegas dela, e ela se assustou e se lavou com a água da fonte... fiquei olhando para ela severamente, enquanto a água da fonte lavava a água salgada do mar. Ela precisava mesmo de um banho de água doce, e se sentiu melhor. Então fiz sinal para ela me acompanhar, e vim até aqui, encontrei você e o pai dela, e é isso.
Jacques olhou então para o Inglês e sua "daughter". Ele era um senhor de cerca de cinqüenta anos, e ela era uma bela donzela de mais ou menos dezesseis anos. Ambos eram muito brancos, e o José comentou que o cabelos deles eram muito parecidos com os de Jacques.
- Parecidos não, meu filho, idênticos. Você não nota porque neste sol desta terra de pau-brasil eu fiquei muito bronzeado, mas eu era loiro como eles quando vim dá nesta terra.... depois vivi com índios, depois virei ermitão... depois fui para o Vale do Piraruçu, onde casei com sua mãe e suas seis tias, e desde então faço comércio com os colonos do litoral.... mas isso tudo é uma muito longa história...- Bom, é melhor a gente ir andando, pois temos que encontrar o Tiago e o Davi, que foram atrás das irmãs dela... oxalá sejam tão belas quanto esta moça, de nome... ?- Eu ouvi o pai dela chamá-la Lucy, mas você tem razão, temos que achar seus irmãos e quem sabe suas cunhadas...
José ficou sério enquanto Jacques Filipoux ria...
* * *
- HEY, JANE!- O GOD, MY DAUGHTER!
Ao lado da Jane, um homem, no qual José e Jacques reconheceram Tiago, estava feliz e satisfeito por encontrar o pai e o irmão.
Enquanto a família inglesa se abraçava e se congratulava, Jacques, Tiago e José se sentaram para descansar e conversar.
- Bem, Tiago, achamos duas filhas do inglês... faltam uma, e um filho meu...- O Davi foi atrás da terceira, meu pai... mas cá entre nós, que mocinha difícil!- Difícil como?- Tive que dar palmadas nela!- Você também?
Então o Tiago contou para o pai e para o irmão como encontrara aquela moça de dezessete anos desmaiada numa praia... ao lado dela, havia um bote cheio de homens mortos... ela estava tão quieta que parecia morta, mas ele notou que a moça ainda respirava debilmente... então, ele decidiu levá-la nos braços até uma fonte, onde a lavaria da água salgada do mar... e ela despertou, e o primeiro impulso da moça foi atacar o salvador dela, pois afinal não sabia se ele era amigo ou inimigo.... mas pelo jeito ele parecia mais um inimigo, afinal tinha tirado parte das roupas de tão pudica donzela... na verdade, as roupas da Jane estavam todas cheia de água salgada, e era melhor tirar e lavar... mas ela não entendeu ou não quis entender, e sentiu-se ultrajada. Ela saiu da fonte e tentou cobrir-se c0m os trapos que ele havia acabado de rasgar. Ele não deixou, tomou os trapos da mão dela e a mandou, através de sinais, voltar para a fonte. Ela não obedeceu e quis correr dele.
- Eu então a agarrei e a carreguei até a fonte... ela não me entende, ou é desobediente assim mesmo?- Não sei...- De qualquer forma, eu não podia permitir que ela não se banhasse, e a joguei na água doce de novo... bom, ela ficou me esmurrando e me arranhando, e eu então resolvi a questão a nossa maneira: deitei ela no meu colo e mandei palmada...
E o Tiago contou como ele bateu nela, não muito forte, afinal era uma mocinha perturbada, mas o bastante para a pele branca dela se avermelhar... os dedos deixavam marcas por toda parte, e ela antes protestava coisas ininteligíveis na língua dela... mas depois ela gemia, sentida e submissa... e com o rosto inchado de chorar, ela se lavou na água da fonte, mesmo porque precisava refrescar as nádegas.
- Eu também bati na Lucy, Tiago... e pelo mesmo motivo.- E reparou como as nádegas delas são brancas?- Se reparei! Eu nunca imaginei que um traseiro pudesse ser tão branco assim!- Sabe o que eu andei pensando? Que quando a gente briga com nossas irmãs e damos nos traseiros delas, elas não ficam tão vermelhas, seja porque a pele delas não é tão sensível, seja porque a nossa cor é mais escura... palmada num traseiro branco é melhor, porque a gente ver com mais nitidez as marcas dos dedos, a gente ver o desenvolvimento da surra...- Talvez vocês casem com elas, e então terão filhos com elas, e então poderão ver traseiros branquinhos se avermelharem a vontade... - disse Jacques, em tom de pilhéria, e os três homens riram, enquanto o inglês e suas filhas comentaram que sorte tiveram em encontrar tão boa gente, que cuidou tão bem deles, e os salvou de morrer naquela terra estranha...
Mas ainda sobrara a terceira filha, Frances, por sinal a mais velha, de dezoito anos. Esta tinha se perdido e o Davi tinha ido atrás dela.
* * *
Depois de andarem por meia hora, eles encontraram uma moça de dezoito anos, que corria feito louca pela praia. Atrás dela, Davi.
- HEY, THIS IS JANE!- SISTER, ARE YOU WELL?- STOP, JANE, STOP NOW!
Mas a moça não parava, pelo contrário, ela continuava a correr, feito louca...
Quando Davi viu o pai com os irmãos e a família inglesa, ele parou, pois estava cansado. A inglesinha correu na direção do grupo que vinha salvá-la, mas ela não parou. O inglês teve que segurar a filha, e ela não reconhecia o próprio pai, tentava bater nele, arranhá-lo...
O inglês pegou um galho de uma arvore e, tendo forçado a filha a se ajoelha, arrancou os trapos que cobriam as nádegas da donzela, e desceu a vara:
VUPT, VUPT, VUPT...
O assobio que vara fazia no ar, o barulho da vara dando no traseiro da mocinha, os gemidos e as imprecações inglesas do pai dela ecoaram pela selva brasileira, e os todos olhavam admirados para a cena. Jacques e as duas moças nem tanto, mas os três irmãos, Tiago, Davi e José, olhavam espantados para aquilo. Eles achavam que em bunda de moça só se devia bater com a mão, e além disso não imaginavam que aquele traseiro tão delicado, com pele tão fina, pudesse resistir a uma surra de vara.
Mas o inglês, pelo jeito, conhecia bem a resistência das filhas, tanto que só parou depois de muito tempo, com o traseiro dela bem machucado. Faltou pouco para sangrar.
Ele então deu ordens em inglês para a filha. Ela obedeceu, submissa. Ela mandou ela fazer o que as irmãs tinham feito, se banhar numa fonte de água doce, e tendo feito isso, a inglesinha se sentiu melhor. Era noite, e as oito pessoas que compunham aquele grupo se preparam para dormir. Jacques fez uma fogueira e ao redor dela os filhos dele fizeram oito leitos de folhas verdes. Dormiram ao relento, tendo por teto o cruzeiro do sul. As três inglesinhas dormiram de bruços.
Antes de dormir, Jacques comentou com o estrangeiro, naquele inglês estropiado que Jacques tinha, que ficara impressionado com a surra que ele havia dado na própria filha, e o inglês respondeu:
- Excuse me, sir, but my daughters, sometimes, are rebels... and so, ...they need a good trashing across the buttocks
* * *
- São suas três noivas, meus filhos, vocês vão casar com elas. O pai delas, que se chama John Smith, disse que elas gostaram de vocês e vocês, pelo jeito, gostam delas...
Três meses tinham se passado. Eles estavam de volta ao Vale do Piraruçu. A familia inglesa tinha vindo com eles.
- Mas pai, eles não querem viver entre os colonos portugueses? - perguntou Tiago.- Não, meu filho, porque o John Smith é um condenado a morte. Ele fez pirataria contra os portugueses no Brasil, se for viver entre os civilizados ele será executado.- Então, pai, podemos desde já deflorar estas inglesinhas? - disse o José - Estou doido para transformar minha Lucy numa mulher...- Daqui a alguns meses, um padre missionário virá aqui, casará vocês e vocês serão batizados... espero que Deus me perdoe tanto pecado de minha parte, vivendo com suas mães e suas tias, sendo todas minhas mulheres... bom, pelo menos a Iracema vai casar bem, o John Smith está gostando dela, vejam...
De fato, a cabocla Iracema, filha de índia e francês, estava rindo e brincando com o inglês Jonh Smith.
Os filhos de John Smith, José, Tiago e Davi com Iracema, Lucy, Jane e Frances foram bem brancos: um quarto de sangue normando, um quarto de sangue índio e dois quartos de sangue inglês. Jacques Filipoux, que nasceu loiro e ficara caboclo sob o sol do Brasil, teve vários netos e netas loiras, todos com olhos claros, bem azuis... várias gerações e trezentos anos depois o elemento negro veio povoar o Vale do Piraruçu de mulatos e mulatas, assunto este que será comentado mais tarde.

Saturday, May 13, 2006

Zico da Cara Branca e Maria Flor

Zico da Cara Branca tinha mesmo um rosto muito pálido. Nos verões no Vale do Pirarucu ele ficava todo sardento e avermelhado, mas nos invernos chuvosos ele não tomava muito sol então ficava branco como um morto. Era estranho, mas Maria Flor gostava dele assim. Embora as feições de Zico fossem comuns, seus cabelos loiros e seus olhos verdes eram bonitos.

Maria Flor era branquinha também, mas bem menos que o Zico. Ela ainda tinha cabelos escuros e olhos escuros. É sempre um prazer descrever as mulheres e moças do Vale do Piraruçu porque elas sempre tiveram um bundão bonito, bem feito e redondo, mesmo quando não eram muito bonitas de rosto. Mas quase todas eram muito bonitas de rosto também. Maria era linda.

Quando o Zico não estava ajudando o pai e os irmãos na rocinha deles estava, com a ajuda dos amigos e dos irmãos, construindo a casa onde logo moraria com Maria Flor. O casamento seria quando a casa ficasse pronta, no máximo em algumas semanas. Quando não estava fazendo nenhuma das duas coisas, estava com a Maria Flor deitada de bruços no colo, com a saia levantada até a nuca e as calcinhas arriadas até os joelhos.

Ele passava a mão nas nádegas da noiva donzela de leve. Cada carícia arrepiava os pentelhos, endurecia os peitinhos, gelava a barriga e molhava o cabaço de Maria Flor, que tinha que se segurar para se guardar para o casamento.

Como era bom aquele toque. Como era gostoso o jeito de Zico acariciá-la. E como era gostoso o que vinha depois de 5 ou 10 minutos de carinho...

- Ai!

A primeira palmada era geralmente no meio de uma das nádegas. Nunca era seguida imediatamente pela segunda, pois tanto Zico quando Maria preferiam que entre as duas houvesse mais alguns minutos de carícias, bem de leve. Era gostoso tanto para Zico como para Maria Flor sentir a ardência na bunda depois da primeira palmada, ainda pequena mas já perceptível, que sentia suas nádegas mais sensíveis, o toque do Zico mais gostoso e a vulva de Maria Flor mais úmida, latejando, formigando, quase gozando...

A segunda palmada era na outra nádega, e logo era seguida pela terceira, depois pela quarta, pela quinta... os intervalos eram cada vez menores e, com a mão bem aberta, Zico enchia Maria Flor de marcas de dedos e de prazer. Muito prazer...

A mão bem aberta tinha outra vantagem: de vez em quando um dos dedos encostava-se ao cabacinho da noiva de Zico, que se estremecia toda a cada toque. Quanto mais rápido Zico batia, mais vezes os dedos tocavam na vulva de Maria Flor, que por isso mesmo cada vez queria apanhar mais, e cada vez mais rápido... Quantas palmadas seriam quando Maria Flor finalmente gozava? 40? 50? Nenhum dos dois saberia dizer, imersos em prazer como estavam.

O certo é que quando ela tinha o primeiro gozo ele percebia vendo-a se desfalecer, suspirando gostosamente no colo de Zico. Então, ele a ajeitava de novo no colo, olhava para as nádegas já vermelhas de Maria Flor, cuspia na mão e, todo resoluto e firme, desfechava uma forte e sonora saraivada de palmadas, bem violentas, que a deixavam com a bunda cheia de bolhas, roxa. Eram palmadas fortes e dolorosas, mas tinham que ser, pois depois de gozar uma vez Maria Flor estava dormente, quase insensível, como que dopada e, para que pudesse gozar uma segunda vez, era preciso que essa segunda parte da surra fosse bem violenta.

Felizmente não durava muito. Maria Flor logo gozava de novo. As palmadas eram tão fortes que mexiam com os musculos de todo o corpo, mas principalmente os da bunda, da coxa e da vulva. Maria Flor gozava, sem ligar muito para a dor, com a qual já tinha se acostumado.

Depois, enfim, Zico se servia, como podia, pois ela tinha que continuar donzela, ora essa, Maria Flor era uma moça decente! Quando tinham tempo, a surra era seguida por uma sessão de sexo anal. Quando não tinham tempo, ela chupava o pênis grande e duro de Zico, que gozava rápido. Às vezes, ela o masturbava. Bem que eles queriam outra surra, e mais outra, e outra... Mas e o tempo? Ele ainda tinha que cuidar da roça com a família, construir a casa com os amigos. No Vale do Piraruçu, todos se ajudavam, homens casados e solteiros construíam as casas dos amigos, que depois ajudavam a construir as casas dos que tinham construído a sua. E se casavam logo que a casa ficasse pronta. Logo a casa de Zico estaria pronta. Logo ele descabaçaria Maria Flor.

Pelo lado dela, ela tinha que ajudar a mãe em casa. E também a irmã mais velha, que estava grávida e precisava de uma ajudante em casa, pelo menos para olhar os outros filhos. Maria Flor era uma tia carinhosa, mas severa. Se magoa sentisse das surras que levava do Zico (ele surrava a bunda dela toda semana) descontava nos sobrinhos, um casal, que ainda eram crianças demais para saberem que poderiam gozar apanhando. Logo seriam adolescentes e descobririam essa estranha mas gostosa forma de prazer, mas por enquanto eram crianças, e só apanhavam quando precisavam.

Sempre fora assim com as crianças e adolescentes do Vale do Piraruçu e fora assim com Maria Flor. Ela era uma moça normalmente ajuizada, mas sempre havia alguma coisa errada: as vezes, molhava a cama. Ou então, arrumando a casa, quebrava alguma coisa. De vez em quando, facilitava demais e o pai a pegava dando muita liberdade a um namoradinho. Uma vez, na frente de uma visita, matou os pais de vergonha quando deixou escapar um palavrão. Outra vez, deixou uma raposa leva metade das galinhas da família porque deitou na relva e ficou olhando as nuvens.

De qualquer forma o castigo era sempre o mesmo: A mãe de Maria Flor chamava a filha adolescente. Maria Flor ia e, quando chegava perto da mãe, esta a puxava e a deitava no colo, levantava sua saia, arriava suas calcinhas e descia forte o chinelo na bunda da filha.

Logo Maria chorava. Logo sua bunda ficava rosa, depois vermelha. Maria Flor, a partir de certa época, já tinha tamanho para enfrentar a mãe de igual pra igual, e mesmo o pai dela acharia difícil segurar a moçoila se ela resolvesse não se submeter, mas mesmo assim se submetia. Não era tanto a autoridade da mãe. Era para aliviar a vergonha que sentia por ter agido como criança malcriada, por ter teimado no erro sabendo muito bem que estava errada. Esse comportamento durara até Maria Flor conhecer Zico da Cara Branca.

Mas só depois de alguns meses de namoro que a roceirinha descobriu o caminho da sensualidade. Ela tinha apanhado do pai porque... Ah, o motivo não interessa muito, motivo sempre tinha. Aquela tinha sido uma surra um pouco mais forte que o normal, de inchar o traseiro. Ela ficou andando torto por um tempo, até se encontrar com Zico da Cara Branca, e os dois namoradinhos começaram a trocar carícias, como sempre, mas com cuidado, porque afinal Maria Flor estava que qualquer toque no traseiro ardia como se estivesse sendo mordida por mil saúvas.

Zico passou a mão nas nádegas de Maria Flor de leve, bem de leve, portanto, e doeu. Como doeu! Mesmo assim Maria Flor gostou, era uma sensação nova e gostosa, que não só lhe aliviava a dor como a fez gozar sem nenhum estímulo sobre o cabacinho, o que nunca tinha acontecido antes.

Na vez seguinte, Maria Flor já não tinha mais a bunda machucada e inchada. Nos braços de Zico da Cara Branca, Maria gemia gostosamente com suas carícias, mas sentia falta de alguma coisa. Tomou coragem, afinal, e disse para o namorado, no seu dialeto caipira, quando a mão dele encostou-se à sua bunda, por baixo da saia, de leve, como sempre: "Mi dá um tapa nu rabu, Zico! Nu rabu!"

Zico, que já estava com o pinto duro e grosso, sentiu seu pênis endurecer e engrossar mais ainda com o pedido tímido de Maria Flor. Mas ele era um moço sem experiência, ainda virgem também, e embora ele tivesse pensado muito em como seria bom dar uma surra em Maria ele tinha medo de exagerar e magoá-la, então deu nela uma palmadinha de leve, por cima da roupa. Maria gemeu satisfeita, e continuou a se esfregar em Zico, e um minuto depois pediu mais. Zico bateu de novo, também sem muita força. Ela pediu mais forte, e ele não teve coragem, embora estivesse louco para bater bem forte na bunda dela. Maria insistiu, queria um tapa bem forte, insistiu, até que Zico, em certo momento, não agüentou mais, e bateu forte, bem forte, na bunda de Maria.

Ele ficou bobo por um tempo, e se Maria Flor achasse ruim? Bom, não seria culpa dele, ele pensou, e já estava pensando em dizer isso quando se surpreendeu com um longo gemido e uma profunda expressão de prazer no rosto de Maria, que o abraço com mais força que o normal, e dizendo: “Dá mais! Mais!”

Zico bateu de novo, fraco. Maria Flor reclamou:

“Num bati di levi, Zico! Bati forti! Feitu aqueli!”

SPLAFT!

Foi uma palmada dura e rápida. Com a mão bem aberta, pegando o máximo de espaço possível. Há muito que Zico queria dar tapas assim numa bunda de moça, e principalmente no bundão de Maria Flor, mas se continha, porque gostava muito dela e não queria magoá-la. Mas se ela mesma queria um tapa forte, e bem forte, no traseiro...

Um longo suspiro, uma expressão de dor mas também de prazer e mais de prazer que de dor foi a resposta de Maria Flor, enquanto ela se agarrava ainda mais forte ao pescoço de seu namorado, futuro noivo e futuro marido. Zico, tremendo de excitação, perguntou se podia continuar batendo. Ela disse que sim, e forte, que não era para parar, ela estava gostando, estava adorando, e ele bateu mais. E ficou surpreso e mais doido ainda, quando ela levantou a saia, para que os tapas fossem direto na calcinha, e logo Maria Flor estava gozando, gozando, gozando...

Eles tinham que se encontrar com a família, os pais deles não podiam desconfiar do que eles estavam fazendo, mas Zico e Maria Flor combinaram que na vez seguinte as palmadas seriam na bunda nua, sem saia e sem calcinha. Essas palmadas deram muito prazer tanto ao Zico quanto a Maria Flor, e os mantiveram cada vez mais apaixonados durante os meses de noivado.

Zico da Cara Branca e Maria Flor 2

Era uma gracinha a casa que Zico e seus amigos construíram para ele morar com Maria Flor. Ficava no alto de um morrinho, entre dois outros morros. Num deles, morava a família de Zico da Cara Branca, no outro a família de Maria Flor. De onde passariam a morar Zico e Maria podiam ver seus parentes sem dificuldade. Poderiam mesmo falar com eles, se o vento estivesse favorável e se forçassem bem as gargantas. Mas isso de gritar de um morro até outro só seria bom em certos casos, como um recado curto. Para conversar, o jeito era descer uma ladeira e subir outra.

- Pertu da luz du luar... - suspirou Zico. Como Maria Flor gostava. E ele também, ele também tinha sua veia poética. Perto da luz do luar! Ela iria adorar!

A casa ficou pronta numa sexta-feira. Eles se casaram no domingo, logo depois.

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Maria Flor estava linda em seu vestido branco. Ela tremia, claro, era uma donzela, mas Zico tremia mais ainda. É porque ele estava preocupado com ela. Ele achava sua noiva uma moça delicada, e tinha medo de ser muito bruto.

Entre os convidados, as mães de Zico e Maria choravam. O pai de Zico pensava na esposa, que era uma garota sensacional e embora continuasse bonita e trepando regularmente, já andava muito gorda. Quanto ao pai de Maria Flor, fazia cara de homem severo e duro, mas de vez em quando fungava e enxugava uma lágrima. Era difícil admitir que agora que a filha ia deixar a casa dele ele sentiria saudades dela... "Nu fundu sô um sentimentar...", pensava o velho roceiro.

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A festa durou a tarde toda, a noite e a madrugada também. Zico, Maria Flor, seus amigos e suas amigas comemoraram e "bebemoraram" muito o casamento. As meninas tinham prometido para seus pais que não beberiam e que chegariam cedo em casa, mas a festa estava muito boa e Maria Flor insistiu tanto que elas ficassem que elas acabaram saindo de fogo, com o dia já raiando.

A Maria Flor comentava isso com o Zico, e este dizia que elas deveriam ter ido cedo para suas casas, mas Maria respondeu que elas não tinham culpa.

- A curpa foi minha, qui insistí p'elas ficá!
- I agora elas vão apanhá na casa dela!
- É, vai tudu ficá di rabu inchadu!
- Vai mesmu!

E Maria Flor, no caminho para a lua de mel, ficou contando pro Zico como elas iriam apanhar de mão, de chinelo ou talvez até de cinto... bem, de cinto talvez não, porque os pais não iriam ser tão duros com umas moças só porque beberam demais numa festa de casamento de uma amiga querida... mas de mão, palmada forte com uma mão de um rude roceiro, cheia de calos, isso sem dúvida.

Maria Flor contou para o Zico, toda animada, que uma vez ela chegou bêbeda de uma festa de casamento de uma outra amiga, e o pai dela a levou até uma cadeira, segurando a mão dela, com calma, sem forçar muito... quando chegou perto da cadeira, ele se sentou e, sentado, puxou ela pro colo. Enquanto ela pedia para não apanhar, numa voz arrastada e meio safada de bêbeda, ela levantou-lhe a saia, baixou-lhe as calcinhas... ela tampou o bumbum com as mãos, mas ele segurou as duas mãos dela contra suas costas sem dificuldade e deu o primeiro tapa: PLAFT!
O primeiro tapa, forte, foi logo seguido por um gritinho: Ui! Depois, o segundo, o terceiro, o quarto... PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT!... Tapas e mais tapas, com o velho segurando as mãos da filha, até que a mãe dela apareceu. Quando a mãe de Maria apareceu, o pai de Maria disse para a esposa que estava batendo no bumbum da filha por causa de uma bebedeira indigna de uma moça bem educada.

- I purquê qui seu pai tá sigurandu suas mãos? Ce num sabi qui teu pai tá certu?

Então a mãe de Maria Flor tirou um de seus chinelos e, mostrando ele ao marido e a filha, disse:

- Podi largá as mãos dela! Se ela inventá di tampá u rabu ti dô u chinelu pá batê nela!

E assim o pai de Maria Flor largou as mãos dela, e aproveitou para ajeitar ela melhor no colo.

Quando recomeçou a bater, era mais forte e mais preciso, porque tinha se posicionado melhor. Às vezes Maria Flor fazia menção de cobrir o bumbum com as mãos, mas olhava para a mão segurando o chinelo com expressão severa e desistia. A surra durou mais 5 minutos, e quando acabou Maria Flor estava com as nádegas vermelhas, com marcas de dedos por toda parte. O pai mandou ela para o quarto e ela foi. Chorou um pouco, mas logo dormiu, com a bunda para cima, claro. Acordou depois no meio da noite, brincando com o cabacinho. Tinha sonhado com o Zico e gozado sem querer, no sonho...

- Inda num sabia qui gostava...

Zico ficava quieto, só ouvido. Eles pararam e desceram da carroça, porque já tinham chegado na casa onde iam morar. Zico ajudou sua noiva a descer e a segurou nos braços, enquanto subia o morro. Ela ainda tentou dizer que não precisava, mas Zico fez questão. Ele parecia não ter se impressionado com a história da surra que Maria Flor levara, mas seu pinto estava para rasgar a calça.

Maria Flor também estava muito excitada por ter falado daquela surra, umas das últimas que levara, poucos meses antes. Sua vulva estava úmida, e seu traseiro formigava.
Enquanto eles subiam o morrinho, ela encostou a língua no ouvido do Zico, e ele se arrepiou, sentiu cócegas e quase tropeça, mas agüentou firme. Ficou ainda mais excitado, pensando no cabaço que logo seria rompido.

Depois de entrarem na casa, Zico a pôs no chão e Maria Flor pulou em cima dele, agarrando-se ao seu pescoço. Eles se beijaram, apaixonados.

Depois de uns beijos, Maria Flor falou no ouvido dele, baixinho:

- As mininas devim di tá apanhandu...
- Mais a curpa é tua...
- Eu qui divia apanhá, né Zico? Afinar fui eu qu'insisti pá elas ficarem mais um poucu na festinha nossa...
- É mesmu...
- Intãu purque cê num mi bati?
- Purqui queru outra coisa agora, Maria.

Zico então começou a desabotoar o vestido de noiva de Maria Flor, mas ela, abraçando-se ao pescoço dele, sussurrou:

- I minha surra?
- Surra?
- É! Cê prumeteu!

Zico então se lembrou: realmente, ele tinha prometido uma surra na bunda dela na noite de núpcias. Ele prometera isso enquanto eles estavam se esfregando, com medo de serem vistos, porque a simples esfregação já era motivo para uma surra na bunda, tanto dele quanto dela. Ela falava das surras que levava, na bunda, e Zico, imaginando a moça de quase 20 anos apanhando em sua bunda plenamente desenvolvida, grande e redonda, se excitava e sentia que ela também se excitava... Maria Flor dizia que gozava mais fácil quando Zico a bolinava depois de uma surra, gozava mais fácil e mais gostoso... E um dia ela pediu para o Zico dar uma palmada nela. Ele deu, e deu mais outra, depois outra... Maria Flor acabou gozando com os tapas fortes descendo em suas calcinhas, e desde então os encontros furtivos dos dois sempre tinham palmadas na bunda de Maria Flor.

Agora que eles estavam casados, Maria Flor queria de Zico a ultima surra de donzela, antes de perder o cabacinho.

- I minha surra?

Zico não respondeu, dessa vez. Preferiu dar um grande beijo na boca de Maria Flor e jogou ela na cama, logo em seguida. Caiu em cima dela, beijando-a, e brincou com a língua em seus ouvidos e entre seus dentes. Maria Flor suspirava, cada vez mais excitada, e então Zico levantou-lhe a saia. Beijando-a nas coxas e no ventre, retirou-lhe as calcinhas e viu que a donzela estava toda molhada. Ele então beijou-lhe a vulva ainda úmida, e ela se estremeceu toda.

- Mi bati, amor... mi bati forti - gemia Maria Flor enquanto Zico desabotoava as calças. Quando ele tirou as calças e as ceroulas, se preparou para cair em cima da donzela, mas ela o segurou, dizendo:

- Mi bati, Zico... Agora mi bati...
- Mais eu queru primeiru ti deflorar, Maria...
- Primeiru mi bati...

E Maria Flor se pôs de bruços, oferecendo seu traseiro ao marido, para uma boa sova.
Zico deu-lhe dois tapas bem fortes, com uma curta pausa entre cada um. Ele tinha medo de gozar antes de deflorá-la, e bateu forte para que ela desistisse de apanhar antes de transar, mas ela gemia satisfeita e, suspirando, pedia mais, e mais...

Zico hesitava, então ela se virou e o beijou, e pediu para apanhar deitada no colo, como era quando apanhava do pai dela.

- É qui tenhu medu di ti machucá demais, Maria...
- Num tenha medu, Zico, eu já apanhei di cintu! Eu gostu!

Sem outra alternativa, ela colocou Maria de bruços sobre seus joelhos. Ela ainda estava com o vestido de noiva, e ele levantou-lhe a saia até a nuca. Ele ainda ficou admirando a bunda grande, branca e redonda de Maria Flor, com as marcas das duas palmadas. Aparecia na bunda de Maria os contornos rosados dos dedos de Zico, e ele sentiu seu pênis, que já estava duro, crescer e engrossar ainda mais. Para evitar gozar antes da hora, Zico assumiu uma postura séria, se endireitou na cama, onde ele estava sentado, e começou a bater na bunda dela, todo solene, como os pais faziam com os filhos. Enquanto ele batia, Maria Flor esperneava tanto que chutou os lençóis, a coberta e os travesseiros para longe do colchão, e eles estavam espalhados pelo quarto.

Os tapas desciam fortes naquelas nádegas bem feitas, e a cada tapa Maria Flor dava um pequeno grito de dor, mas entre um gritinho e outro ela gemia de prazer. Zico não pode deixar de notar o prazer dela, ainda mais porque de vez em quando aproveitava que estava dando palmadas na esposa para encostar o dedo em sua vagina, e sentia que esta estava toda molhada.
Logo a bunda dela estava toda rosada e depois toda vermelha. Quando ficou com o traseiro todo vermelho, Zico sentiu o corpo dela dá uma pequena sacudida e depois se relaxar. Zico então percebeu que ela já tinha gozado. Ele ainda deu mais umas dez palmadas, mas Maria Flor, inerte no colo dele, já não gritava, nem gemia, nem suspirava, satisfeita com as palmadas...

Então, Zico parou. Olhou para o traseiro dela, com muita atenção. Aquela visão o agradava e o excitava, e ele queria se lembrar bem dela, para pensar nisso na transa que viria logo mais. Maria Flor, cansada, poderia ficar parada naquela posição por várias horas se ele não a tivesse virado logo depois e a deitado de novo na cama.

Quando as nádegas castigadas de Maria Flor encostaram no colchão ela fez uma careta e gemeu de dor, e Zico achou graça. Achou sua noiva uma gracinha, porque ela ficou parecendo uma menininha dodói, e ele gostou disso, então a beijou na testa, e depois na boca.

- Agora cê vai tê qui abrí as pernas, Maria...

Ela sorriu sem jeito, e deixou ele afastar suas pernas e admirar sua vulva. Ela estava tão úmida e excitada, que mesmo sendo virgem foi fácil a penetração. Maria sentiu um pouco de dor, e um pouco de sangue passou a escorrer de sua vagina, sujando também o pênis de Zico, mas logo o sangramento parou. Logo também ela gozava de novo, enquanto Zico ainda estava duro e grosso. Ele hesitara em bater nela porque tinha medo de gozar antes da hora e não poder terminar o serviço com Maria Flor, mas agora via que seus temores eram infundados. Ela ainda estava com o vestido e Zico ainda estava com a camisa, então eles terminaram de se despir e voltaram a transar. Zico finalmente gozou, e Maria Flor adorou sentir o grande jato de porra entrando rápido e forte através de sua vulva já não mais virgem e invadindo seu útero.
Então, Zico puxou a esposa, sentou-se na cama e a deitou de novo no colo. Maria Flor ficou com um pouco de medo, achando que ia apanhar de novo, mas Zico ficou só olhando para a bunda vermelha da esposa, para se excitar novamente. Ele olhou por uns 2 ou 3 minutos, encostando a mão nas nádegas dela para sentir a ardência, e assim ficou novamente excitado, e a colocou de novo na cama, para lhe penetrar de novo. Eles acabaram gozando novamente, a segunda vez dele e a quarta vez dela. A transa não acabou, no entanto, porque Zico ainda tinha disposição para transar, e acabou transando uma terceira vez, antes de dormir nos braços de sua amada, que logo pegaria no sono.

O casamento deles foi muito feliz. Zico batia na bunda dela todo sábado, mas nunca deu-lhe um tapa para castigar. Eles nunca brigaram a sério, e raramente discutiam alguma coisa. Todas as surras que ele deu nela, e foram muitas, foram apenas por prazer.

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Naquela noite Maria Flor dormiu de bruços, e sem nenhuma coberta. Zico acordou antes dela, e se excitou com a visão das nádegas vermelhas, em pleno dia. Á luz do sol elas eram mais bonitas ainda. Ele não a acordou naquela hora. Preferiu se levantar devagar e se sentar numa cadeira, esperando ela acordar por si mesma. Quando ele viu ela se mexendo, Zico foi de mansinho até a cama e encostou em suas nádegas. Ela se assustou e se virou rápido, e quando viu que era o Zico deu um suspiro de alívio.

- U qui foi, Maria?
- Pensei qui cê fossi meu pai. Sonhei qui tava na cama isperando eli mi batê di chinelu na bunda!

Os dois esposos riram um pouco antes de transar.