Tuesday, March 19, 2013

Encontro com o vampiro de Curitiba

Conto da Meninha Malcriada


Já fazia um bom tempo que eu tinha prometido á Kate, ir ate Curitiba para vê-la. Éramos grandes amigas, e devido a cursos em diferentes áreas, fomos obrigadas a nos separar. Talvez pudesse ser o trabalho, a faculdade com todas as suas chatices, ou ate mesmo o que costumavam falar sobre a cidade.

- Maldito cabelo - Eu pensava enquanto a atendente, sem muita pressa, pegava a minha passagem.
- Então vai conhecer a misteriosa Curitiba? Ela me perguntou, tirando minha atenção de um folheto sobre financiamento de carros.                             - Indo ver uma amiga, somente. Respondi seca, tomando a paragem das mãos dela com mais força que deveria. Algo me incomodava nessa viajem, era como que se algo muito ruim fosse me acontecer. E infelizmente, eu estava certa. Enquanto isso o avião ganhava os ares, sob um céu quase limpo de são Paulo, e parece que eu ouvia quase que silenciosamente:

- Não desembarque desse avião, volte Ana Carolina, volte.                

Duas longas horas haviam se passado infelizmente, e foi sob um céu chuvoso, com trovões quase que escolhidos para ocasião, que encontrei Kate, com um sorriso leve no rosto, cabelos molhados, e roupas um pouco amassadas.

- Aninha, querida bem vinda a cidade, onde os desejos mais ocultos , se tornam realidade.
- Kate , querida, que saudades. Respondi, abraçando-a com lagrimas quase silenciosas.

Ficamos ali abraçadas no meio da chuva, quando que por uma fração de segundo, um homem tenta tirar a bolsa de Kate, que em resposta, segura o braço do ladrão.

- Kate, Kate, não faça isso, deixe ele ir, Kate! - Eu implorava.
- Solta cretina. O ladrão repetia, com os olhos já meio assustados.   

Kate em menos de segundos o segurou pelo ombro e o bateu contra o pilar de concreto que estava atrás de nos, o ladrão deu um grito abafado, enquanto eu olhava para Kate, chocada e abismada ao mesmo tempo.

- Agradeça àqueles olhos castanhos. Kate disse apontando para mim, soltando o ombro do ladrão.

Eu já não tinha reação, na verdade estava parada encarando os olhos verdes de Kate, sem me desviar para outro lugar.

- Kate... voce... Mal conseguia falar.
- Tudo ao seu tempo, Aninha. Foi somente o que ela me disse, me puxando, ainda nervosa em direção ao carro, enquanto um pouco atrás de nos um homem sorria.

No carro mal nos falamos, Kate ora ou outra expirava o ar com força, e suas mãos apertavam o volante, pois infelizmente eu já tinha percebido que havia algo de muito errado com a minha melhor amiga.

Entramos em seu apartamento, alguns segundos depois, e ela nada disse apenas foi se trocar.

Enquanto eu me sentava no imponente sofá vermelho da sala, algo se mexeu atrás da porta da cozinha.

- Kate, acho que... Kate querida? Eu perguntei olhando fixamente para a porta, e logo senti olhos, em chamas sobre mim.

Me levantando com as pernas tremendo, andei ate a porta da cozinha lentamente, não sei se foi as cortinas brancas ou apenas a meia luz da sala, ou o fato de...

- Aninha. Kate me chamou de perto do sofá, sem que eu tivesse visto ela chegar.
- Kate precisa me contar o que esta acontecendo... Perguntei olhando uma faixa de seda enrolada em seu braço.

Kate sorriu muito vagamente para mim, e andava como se fosse me interrogar, dando voltas na sala quase escura.

- Misteriosa essa cidade não? - Ela perguntou parando de frente, para uma janela, olhando a noite com olhos mais calmos.
- Porque esta me dizendo isso? - Rebati a pergunta olhando para os lados, segura que não estávamos sozinhas ali.
- Cheia de lendas urbanas... - Kate me disse apenas ignorando a minha pergunta.
- O que esta querendo me contar? - Me levantei e comecei a caminhar na direção dela, enquanto sentia mais uma vez, os olhos famintos de alguém sobre mim.
- Por acaso já ouviu falar no vampiro de Curitiba? - Ela me perguntou enquanto as cortinas brancas começavam a balançar ao encontro do seu vestido, e os trovões faziam mais barulho.
- Não acredito em historias assombradas, Kate, já passei dessa fase há algum tempo. - Eu dei um sorrisinho, que passou despercebido pela minha melhor amiga.
- Então você não acredita. - Disse ela, vindo em minha direção, e tirando carinhosamente a faixa do braço, enquanto o espanto e o medo invadiam o meu rosto.
- Oh meu Deus, Kate. - Eu gritei, apavorada, quando olhei para a marca de mordida em seu braço.
- O encontrei, logo que cheguei aqui, Aninha, ele me transformou, mas isso não muda a nossa ami... - Ela tentou falar, mas eu a interrompi.
- Não, você não pode estar falando serio. - Disse pegando a minha mala e minha bolsa, mais que depressa, caminhando sem olhá-la.
- Ele está atrás de você. - Kate disse com uma voz triste quando eu cheguei perto da porta.

Um longo arrepio me percorreu todo o corpo, e de repente, talvez por medo, abri a porta e sai, deixando para trás os olhos tristes e sem vida de Kate, e talvez a nossa amizade, de alguns longos anos.

Enquanto eu andava em direção ao elevador, na sala de Kate, um homem apenas fazia um carinho na cabeça dela, enquanto corria seus dedos gelados, por entre a cicatriz no braço dela, dizia:

- Tudo bem, querida, você foi ótima.

Já dentro do elevador eu me xingava mentalmente, por depois de tanta insistência ter aceitado fazer essa viagem, mas parte de mim não esquecia as palavras de Kate.

“Ele está atrás de você.” As palavras se repetiam em minha mente.

- Térreo, por favor. Quase sussurra um homem muito arrumado que entra elevador adentro.
- O painel é logo ali. Aponto o dedo, mostrando que estou com cara de poucos amigos, e sem jeito me viro de costas para ele.

As luzes se apagam por um momento, e assustada me agarro as paredes do elevador.

- Assustada, menina? Pergunta o estranho, enquanto o elevador chega lentamente ao térreo, e sem olhá-lo saio rapidamente, sentindo um olhar intenso sobre mim.

Nas ruas escuras, a chuva só tornava a minha caminhada mais difícil, e depois de ser informada sobre um hotel ali perto, vou andando com certa dificuldade quando as minhas pernas me traem me levando a uma queda feia.

- Ah, que ótimo, era tudo que eu precisava agora. - Grito e antes que eu pudesse perceber, uma mão havia se estendido para mim, e em segundos, meus olhos se encontraram com os do estranho do elevador.
- Deixe que eu te ajudo, menina.
- Não, não precisa, estou bem. Reagi empurrando a mão dele, me levantando devagar.
- Não seja mal educada, garota. O estranho disse pegando a minha mala do chão.

Tomei a mala dele num puxão,e mais que depressa me afastei, pensando em correr a qualquer momento, se fosse o caso. 

- Estou atrás de você. Ele gritou quando eu tomei certa distancia, dando um leve sorriso.

Assim que as palavras de Kate cruzaram mais una vez, eu deixei minha mala cair no chão lentamente, e percebi que tudo fazia sentido, a força de Kate com o ladrão, a marca de mordidas, os olhos que eu sentia sobre mim.

Era ele o vampiro de Curitiba.

As minhas pernas como se tivessem vida própria, andaram ate ele, enquanto os trovões iluminavam o céu.

- Acho bom acreditar em historias assombradas, Aninha. Está vivendo uma. – disse ele.

Quando olhei para as poucas pessoas que passavam na rua, elas estavam todas paralisadas. De um momento para o outro, ele me imobilizou com seus braços gelados, e depois de um impulso eu gritei a plenos pulmões e cai sem sentido em seus braços.

Algumas horas ficaram perdidas em minha mente, e enxergando com dificuldade eu pedi:

- Água... preciso de água.
- Aqui está, menina levada. - O vampiro disse rindo sentado aos pés da cama.

Assim que coloquei os olhos nele, me encolhi na cama. 

- Onde... Onde estou? - Perguntei assustada olhando para os lados.
- Isso não importa, Aninha, o que realmente importa é que agora voce é minha, me pertence.

Ele disse tirando o blazer e colocando sobre a cama.

Com muita tontura e derrubando algumas coisas, eu disparei em direção a porta, mas estava trancada.

- Não ira sair, menina.
- Socoroooo! Socorooo! - Eu gritava descontrolada e socava a porta.
- Não gosto de gritos, venha, venha aqui. Ele disse se aproximando e me puxando pelo braço
- Sabe Aninha, tenho te observado, já tem um tempo, e não tenho gostado nada, nada do seu comportamento, briga com todo mundo, e se alguma coisa não sai como você quer, apronta um escandalo. - Ele falava e dava voltas ao redor de onde eu estava sentada.
- Me observando? Estava me espionando? - falei com um pouco de medo.
- Sou um vampiro menina, não ha nada que eu não possa fazer.

Bem devagar me aproximei de uma estante que havia no quarto, com vários vasos, e comecei a jogar todos em cima do vampiro, que em resposta , parava os objetos com um movimento das mãos, e os direcionava para a parede.
- Não me provoque menina. - Ele disse com os olhos faiscando para mim.
- Apenas me deixe ir. - Choraminguei encostada na parede.
- Vais ser minha Aninha, mas eu não permitirei que seja tão levada assim.

Ele repuxou um sorriso, e de repente, como num passo de mágica, dos meus desejos e segredos mais ocultos ele ficou sabendo. O vampiro sorria, os olhos fechados, saboreando cada pensamento, e cada segredo.

- Então é disso que você tem mais medo? - Ele sorriu satisfeito.
- O que esta fazendo comigo? – Gritei, colocando as mãos na cabeça, e me ajoelhando lentamente, enquanto uma forte dor de cabeça me invadia.

Quando ele me liberou do encanto, ele me ajudou a levantar e em meu ouvido sussurrou.

- Comigo, vais ser a minha doce princesinha, porque se assim não for, eu te esquentarei o bumbum com umas boas palmadas, todos os dias, agora venha aqui, menina.

Eu ouvi ele me chamar, mais a menina levada dentro de mim, decidiu me dar esse ultimo golpe.

- Não, eu não vou. - Eu disse, me afastando mais um pouco.
- Se eu tiver que ir ate ai te buscar... - As palavras dele ecoavam em minha mente mais uma vez, e quando abri os olhos, ele já estava bem perto de mim sorrindo.

- Sei de sua mente, Aninha, e como você tem sido malcriada. Eu vou ter o prazer de te ensinar a se comportar.

- Mais eu não queeeerooo. - Fiz um beicinho e o vampiro balançou a cabeça, e logo seu rosto já ficava com uma expressão seria, e ali de pé mesmo, desceu a mão em meu bumbum.

Plaft Plaft Plaft

- Aiiii que is..aiiii aiii

Plaft Plaft Plaft

- Venha Aninha, venha aqui.

Plaft Plaft Plaft

Eu pulava a cada palmada, mas foi assim que ele me levou ate a cama, onde se sentou e me jogou de bruços em seu colo.

Plaft Plaft Plaft Plaft

- O que eu te disse? - O vampiro irritado me perguntou.

Plaft Plaft Plaft Plaft

- Aiihe par... aiii paraaa aiii. Eu sentia meu bumbum esquentar a cada palmada.

Plaft Plaft Plaft Plaft

- O que eu te disse Anínha? Ele me perguntou mais uma vez.

Plaft Plaft Plaft Plaft

- Aiaaiii que era aiii pra mim aiii ir ate aiiii vocêee... - Eu gritava e esperneava em seu colo.

Plaft Plaft Plaft Plaft

- E o que voce fez?
- Aiiih droga ...aiihi ta doendo aiiii eu desobeci aiiii

Sentia cada palmada estalando forte no meu bumbum, enquanto o vampiro, com muita facilidade, abaixou as minhas calças, e lentamente abaixou a minha calcinha, olhando meu bumbum já bem rosado.

Plaft Plaft Plaft Plaft Plaft Plaft Plaft Plaft

- Isso é para voce aprender, menina levada.

Plaft  Plaft Plaft Plaft  Plaft Plaft Plaft Plaft

- Aiaiii meu bumbum aiaiiih aiiii paraaa aiiii. Eu gritava esperneando o mais que podia, mas o vampiro me segurava bem firme, observando meu bumbum se colorir de vermelho.

Plaff Plaft Plaft Plaft

- Não vai mais responder.

Plaft Plaft Plaft Plaft

- Não vai mais ser mimada.
- Aiii snif aieh snif snif snif snif eu prometoooo. - Eu apenas assentia enquanto as mãos dele tratavam do meu bumbum .

Plaft Plaft Plaft Plaft Plafl Plaft Plaft Plaft 

- Vamos querida fale o que você esta pensando agora. - O vampiro me pediu muito calmamente.

Plaft Plaft Plaft Plaft Plaft Plaft Plaft

- Eu aiii snif eu acredito no snif snif no vampiro snif snif de Curitiba. - Eu disse entre choro e soluços.

Ele então parou e com um leve sorriso no rosto, me levantou do colo. Eu apenas esfregava meu bumbum, com as duas mãos.

- Quero esse narizinho encostado aqui na parede, está de castigo, meia hora com esse bumbum a mostra.

Caminhei ate a parede lentamente ate a parede e me virei, sabendo perfeitamente que o vampiro estava me vigiando.

Quando enfim pude sair do castigo, ele sentado novamente na cama me disse:

- Aninha, não se trata de vida ou morte, mas de respeito ou bondade, a minha vida foi tirada de mim por crueldade, mas quanto a sua...

O olhei com desespero enquanto ele se aproximava de mim, já abrindo a sua boca, em direção ao meu pescoço...

Molhada e com muito frio acordei em uma das ruas de Curitiba, com um bilhete nas mãos.

No outro dia enquanto o avião do aeroporto de Curitiba ganhava movimento, eu me ajeitava lentamente em cima de uma almofadinha em forma de coração, e relia o bilhete escrito em vermelho, me dizendo que aquilo não era um sonho.

"Ainda serás minha, Aninha."

Sim. Isso era uma promessa!

(conto dedicado ao meu amigo João)

6 comments:

Anonymous said...

Adorei o conto...

João Palmadas said...

eu também gostei do conto, menininha malcriada. Foi um grande prazer publicá-lo.

Doug89 said...

Sempre com contos maravilhosos.

Parabens malcriada!

bjs

Tres Dias de Escuridão said...

Tem realmente gente q gosta disso? Ñ é algo psicologico? Nunca encontrei ninguém q sente prazer com isso!

João Palmadas said...

Tem sim, Heroes Teen, tem gente que realmente gosta de dar e receber palmadas. Claro que é algo psicológico, mas eu não sou especialista nisso então não sei explicar como isso acontece. Você deve ser jovem, ao longo da vida você vai encontrar gente que sente prazer com as palmadas.

Unknown said...

Preciso de palmadas andei aprontando muito