Sunday, November 11, 2012

CHEGA DE REINAR, PRINCESA! - Conto da Princesa Anne

Eu anseava por algo, mas não sabia o que era... Todos temos nossos vagos da alma, certo? Eu não sabia o que fazer com o meu...

Sim, eu havia sido um pouco mimada na infância e adolescência, não sabia o significado da palavra não... E se bico não funcionasse com certeza uma ameaça de me cortar, ou tomar remédios demais funcionariam. Assim eu ganhava aquela sandalinha cara... Aquela roupinha mais cara ainda... e por aí vai...

Isso não mudou quando eu o conheci.

Diógenes e eu estávamos namorando havia um ano. E eu a mesma... Bem, em cinco anos de amizade ele pôde me conhecer, então que não me pedisse para mudar!

- Eu nasci pestinha e vou morrer assim, amorzão! Não tem jeito!

Eu dizia enquanto pegava sua camisa e escondia no freezer. Ele me olhava e não dizia nada. Mas quando me olhava com cara de bravo... Seus olhos faiscavam , e ficavam ainda mais belos... Depois apenas suspirava. Nada dizia, sem reação. E eu me irritava! Não tinha idéia do que queria, mas por que ele não reagia?!

Num outro dia eu dizia:

- Eu quero te morder! Você é meu chocolate!

E o mordia, mas não era de leve, era pra marcar. Ele não esboçava uma reação sequer. Eu esperneava! Droga!

Certa vez ele me deu uma bronquinha... Aquilo me deixou inconformada (e com uma sensação deliciosamente indescritível...).

- Amor, você não pode falar assim comigo! Por que está falando assim comigo? Eu vou ficar aqui no cantinho!

E virei para o canto.

Adivinhem o que aconteceu? Terminou a bronca e eu pedi colinho... E então ele disse:

- Ok, mas você vai ficar quietinha no colinho?
- Hummm, não! Eu sou louca! Rs Eu disse.
- Eu preciso da Super girlfriends nanny! Ele respondeu.
- Você é terrível, amor!
- Sou mesmo, Roberto fez aquela música pra mim, sabia? Rsrs

O único motivo pelo qual ele às vezes se decepcionava comigo era o fato de eu correr risco às vezes para ajudar as pessoas. Tipo, subir morro para ajudar os menos favorecidos e quase levar tiro por querer defender pessoas e por aí vai. Ele dizia:

- É perigoso amor! E as pessoas não reconhecem o que se faz por elas, quase nunca.

Mas eu sou das ciências humanas. Ele é da área empresarial... é fogo! Vivemos um pouco da música que amamos que diz que somos contrários, mas nos ‘completamos completamente’.

O tempo passava e eu cutucando, dando tapinhas, mordendo, fazendo birras de sentar no chão e ficar dizendo “Eu quero agora!”. E ele nada. Só me “punia” com uns amassos super fortes, nos quais me deixava completamente sem fôlego. Nem eu entendo como eu não tinha medo de um rapaz tão grande e forte... Mas não tinha. Só queria provocar. Super girlfriends nanny nunca existiu mesmo...

- Eu quero!
- Está aqui, amor. Pronto.
- Não quero mais!
- Tudo bem, totosinha, eu levo embora.
- Não! Deixa aqui, agora eu quero!
- Vou fazer um curso de psicologia pra te entender, garota!
- Não entende, me beija? Me amassa que é melhor! Te amo mozão lindo!

Foi assim durante um ano. E eu amava, e odiava. Odiava ser contrariada, odiava não ser contrariada. E amava muito o Diógenes, cada dia mais. Meu namorado romântico e paciente...

- Amor, me leva na faculdade, e fica lá, e depois me busca que eu estou deprimida hoje!
- Sim, meu bem, claro. Passo aí e te pego.
- Te amo lindo.

Ele então me buscou em casa e fomos para mais uma aula.

Na ida eu dei um tapinha na perna dele enquanto ele dirigia.

Reação: Nenhuma.

- Amor, eu quero uma coisa!
- O que você quer amor?
- Eu não sei!

Nada.

Na volta, eu disse:

- Mozão, tô com fome.

Ele não disse nada, só virou o carro e foi em direção de uma lanchonete.

- Eu tô passando mal, não vou conseguir chegar viva!!!

Quando chegamos na porta...

- Eu quero comida lá de casa...

Ele começou a ficar um pouquinho nervoso.

Interessante.

Voltando pra casa eu disse:

- Por que você não faz o que eu quero nunca?
- O quê? Eu te trato maravilhosamente bem, te faço todos os gostos, menina!
- Não faz! Você é ruim!

Dizendo isso dei um tapinha na perna dele.

- Não faça isso outra vez.

Uau, ele respondeu! Pensei, e fiz de novo.

- Eu vou parar esse carro - Ele disse num tom muito sereno.

Eu observei a estrada, estava vazia. E eu nasci pestinha, né?

- Então pare agora! Eu disse e mexi no braço dele. O volante virou, o carro quase rodou.

Eu gritei. Ele não, apenas tentou controlar o carro, e conseguiu.

Eu chorava. E estava assustada.

- Amor, está tudo bem contigo? Ele perguntou ainda calmo.
- Sniff, tá sim. Aiii quase morremos! Que susto me deu! E que dor no coração!
- Eu não quero saber de dor nesse coração, tá bem?
- Sim. E me acalmei um pouco.

Ele virou o carro e me levou em outra direção.

- Amor, onde estamos indo?
- No parque, querida.
- Jura? Viva!

Ele parou na porta do nosso motel preferido. Estava sério.

Entramos. Ao chegar no quarto. Nenhum beijinho. Nenhum abraço.

- O que viemos fazer aqui?
- Viemos conversar, princesa.
- Conversar sobre o que?
- Sente-se. AGORA!
- Ai mô, não fala assim comigo!

Ele me pegou pelo braço e me colocou sentada em sua frente. Me olhou nos olhos e disse:

- Amor, eu preciso falar. Você definitivamente passou dos limites! Quase nos matou! Você enlouqueceu de vez?! Olha, meu bem, as coisas têm limite, sabia? Eu sinto muito que seus pais não tenham ensinado isso pra princesinha que deixou os cabelos deles brancos, mas eu não vou me casar com uma moça tão mimada assim! CHEGA DE REINAR, princesa! Se eles não te ensinaram eu ensino!

Eu muito assustada disse:

- Mas amor, eu sou louca! Você sabe disso!

Era a minha forma de tentar escapar de tudo, alegar loucura funciona nos tribunais, certo?

- Ah é? Ficou louca de repente? Ah não... Eu sei que você usa essa desculpa para não levar bronca... Mas o caso aqui não é bronca, amor. Eu estive pesquisando e vi como curavam seu tipo de loucura antigamente... Você é minha bebezinha, certo? Ahhh, está amolecendo, pensei. Ficando terno e carinhoso.
- Sou sim, mô, você ama sua bebezinha, certo?
- Amo sim. Senta aqui.

E me puxou pra sentar em seu colo. Me olhou nos olhos e perguntou:
- O que é que eu faço com você, Amor?

Eu olhei pra ele e fiz cara de “tadinha de mim”

Ele me olhou com cara de bravo. Cara de “tadinha de você mesmo, menina!”

- O que as meninas mimadas merecem? Hã? O que as malcriadas merecem?

Quando eu ia dizer beijinho...

Ele rapidamente me virou de bruços no seu colo.

- O que é isso, amor? Vai fazer o que?

Sim, eu desconhecia completamente a posição “ vai levar palmadas”, meus pais nunca tinham me batido.

- Eu vou te ensinar a me respeitar como marido, amor.

SMACK.

- Amor, quê isso? Ai! A primeira palmada pegou em cheio meu bumbum.

SMACK

- Eu estou te mostrando o que é dor. Só isso. E vou te fazer sentir o que eu sentia quando me mordia, me batia, me irritava e por aí vai. Será uma conversa interessante, amor.
- Aiiiiiiiiiii, me solta, me solta, me solta!!!! Isso dói! Aaaii, eu malho esse bumbum na academia direto pra ele ficar lindo pra você e você me faz isso! Tá doendo!
- Eu vou te mostrar o que é dor! SMACK SMACK. Uma palmada de cada lado do bumbum.
- Socorroooooooo!
- Vamos conversar? Aliás, você só vai repetir. E se não cumprir o que disser, está tendo uma demonstração do que vai acontecer de agora em diante. - SMACK SMACK - Vamos repetir então:

- Eu SMACK nunca mais SMACK vou dizer SMACK que sou SMACK louca. SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK.

Eu já chorava. Ele me ouvira chorar e ria.

- Está calor aí, princesa? Rsrs Onde está minha moça terrível agora?

SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK

Eu chorava mais. Ele ria de mim. Mas não era só isso. De repente, parou.

E eu:

- Ai sniff sniff... Acabou?
- Não, você vai levantar e baixar as calças agora.
- Não!!! Não!!
- EU DISSE AGORA!

Levantei e baixei as calças. Vi no espelho que meu bumbum já estava vermelho. E vi nos olhos dele que não acabaria tão cedo... Me puxou de novo pro colo. Comecei a pedir desculpas.

- Amor?
- Sim, amor. SMACK
- Aaaaaaaaiiiiii, me desculpa!

SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK

- Desculpar por quê?

SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK

- Aaaiiiiiii!!! Porque eu fui malcriada!
- Estou ouvindo. Mas você, meu bem, foi malcriada e mimada por um ano, e me aporrinhou durante todo esse tempo. Merece mais palmadas do que está levando com certeza!

SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK

Meu bumbum pegava fogo!!!

- Ai mô, eu vou desmaiar! Vou desmaiar! Tá doendo demais!!
- Ótimo! Isso nos leva a outra coisinha que você vai repetir! Agora! Eu SMACK não SMACK serei mais SMACK tão dramática SMACK.

- Nossa amor, seu bumbum está super vermelho. Como fogo, sabe? Agora pode dizer que é quente! Rs

E eu: Buáááááááááááááááááááááááááá....

Não saía mais nada da minha boca a não ser choro e gemidos!

E ele:

- hahahahaha Cadê a princesa que salva os outros? Não pode salvar seu bumbum, princesa?

SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK

- É isso SMACK que acontece SMACK com meninas SMACK mimadas SMACK e malcriadas SMACK. Chega, ouviu? SMACK Chega de tanta malcriação SMACK não vai mais fazer pirraça SMACK nem espernear SMACK nem responder os pais na minha frente SMACK. Chega SMACK chega SMACK chega SMACK chega SMACK.
- Buáááááááááááááááááááááááááá.... chega, desculpa eu nunca mais faço nada disso! Desculpa eu reconheço, eu reconheço que não tenho sido boazinha...
- Desculpas aceitas SMACK. Agora eu quero que pense no seguinte. TODAS AS VEZES QUE VOCÊ SE COMPORTAR MAL VAI APANHAR ASSIM! ENTENDEU?

SMACK SMACK SMACK SMACK

Eu só chorava...

- Acho que entendeu sim. Essas últimas seis são para você se lembrar enquanto não consegue sentar direito por uma semana!

SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK

Eu chorava tanto, e meu traseiro queimava a ponto de não perceber que ele tinha parado de bater. Eu só gemia pedindo desculpas ininteligíveis...

- Agora vai ficar de castigo no cantinho. Lembra da pirraça que fez quando te dei aquela bronquinha? “Vou ficar aqui no cantinho!” Menina manhosa! Aquele dia eu me segurei pra não encher esse bumbum de palmadas! Agora, não me seguro mais! Vá ficar naquele cantinho ali.

Eu simplesmente obedeci. Fiquei em pé no cantinho, soluçando por 10 minutos enquanto ele olhava e dizia:

- Oh dó. Tadinha da bebezinha... Viu o que acontece com as loucas? E com as malcriadas? Vá pensando em tudo que fez! E eu vou pensando que seu bumbum está irresistível vermelhinho assim... humm

Depois de dez minutos ele veio, e começou a fazer carinho no meu bumbum... Em outras partes da minha anatomia, para onde o calor do bumbum se irradiava... E eu estava tão relaxada, tão calminha, tão molhada... Como nunca! Demos uns amassos, mas não punitivos... Esses pareciam recompensa... Uau!

No carro ele me olhou, me beijou e disse:

- Eu te amo, totosa.
- Eu também te amo, mozão! Sniff Te amo mais que nunca.

E então eu senti falta de uma coisa...

O VAZIO. Ele simplesmente não estava mais ali. Eu era feliz.

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