Já fazia um bom
tempo que eu tinha prometido á Kate, ir ate Curitiba para vê-la. Éramos grandes
amigas, e devido a cursos em diferentes áreas, fomos obrigadas a nos separar.
Talvez pudesse ser o trabalho, a faculdade com todas as suas chatices, ou ate
mesmo o que costumavam falar sobre a cidade.
- Maldito cabelo
- Eu pensava enquanto a atendente, sem muita pressa, pegava a minha passagem.
- Então vai
conhecer a misteriosa Curitiba? Ela me perguntou, tirando minha atenção de um
folheto sobre financiamento de carros. - Indo ver uma
amiga, somente. Respondi seca, tomando a paragem das mãos dela com mais força
que deveria. Algo me incomodava nessa viajem, era como que se algo muito ruim
fosse me acontecer. E infelizmente, eu estava certa. Enquanto isso o avião
ganhava os ares, sob um céu quase limpo de são Paulo, e parece que eu ouvia quase
que silenciosamente:
- Não desembarque
desse avião, volte Ana Carolina, volte.
Duas longas horas
haviam se passado infelizmente, e foi sob um céu chuvoso, com trovões quase que
escolhidos para ocasião, que encontrei Kate, com um sorriso leve no rosto,
cabelos molhados, e roupas um pouco amassadas.
- Aninha, querida
bem vinda a cidade, onde os desejos mais ocultos , se tornam realidade.
- Kate , querida,
que saudades. Respondi, abraçando-a com lagrimas quase silenciosas.
Ficamos ali
abraçadas no meio da chuva, quando que por uma fração de segundo, um homem
tenta tirar a bolsa de Kate, que em resposta, segura o braço do ladrão.
- Kate, Kate, não
faça isso, deixe ele ir, Kate! - Eu implorava.
- Solta cretina.
O ladrão repetia, com os olhos já meio assustados.
Kate em menos de
segundos o segurou pelo ombro e o bateu contra o pilar de concreto que estava atrás
de nos, o ladrão deu um grito abafado, enquanto eu olhava para Kate, chocada e
abismada ao mesmo tempo.
- Agradeça àqueles
olhos castanhos. Kate disse apontando para mim, soltando o ombro do ladrão.
Eu já não tinha
reação, na verdade estava parada encarando os olhos verdes de Kate, sem me
desviar para outro lugar.
- Kate... voce...
Mal conseguia falar.
- Tudo ao seu
tempo, Aninha. Foi somente o que ela me disse, me puxando, ainda nervosa em
direção ao carro, enquanto um pouco atrás de nos um homem sorria.
No carro mal nos
falamos, Kate ora ou outra expirava o ar com força, e suas mãos apertavam o
volante, pois infelizmente eu já tinha percebido que havia algo de muito errado
com a minha melhor amiga.
Entramos em seu
apartamento, alguns segundos depois, e ela nada disse apenas foi se trocar.
Enquanto eu me
sentava no imponente sofá vermelho da sala, algo se mexeu atrás da porta da
cozinha.
- Kate, acho
que... Kate querida? Eu perguntei olhando fixamente para a porta, e logo senti
olhos, em chamas sobre mim.
Me levantando com
as pernas tremendo, andei ate a porta da cozinha lentamente, não sei se foi as
cortinas brancas ou apenas a meia luz da sala, ou o fato de...
- Aninha. Kate me
chamou de perto do sofá, sem que eu tivesse visto ela chegar.
- Kate precisa me
contar o que esta acontecendo... Perguntei olhando uma faixa de seda enrolada
em seu braço.
Kate sorriu muito
vagamente para mim, e andava como se fosse me interrogar, dando voltas na sala
quase escura.
- Misteriosa essa
cidade não? - Ela perguntou parando de frente, para uma janela, olhando a noite
com olhos mais calmos.
- Porque esta me
dizendo isso? - Rebati a pergunta olhando para os lados, segura que não estávamos
sozinhas ali.
- Cheia de lendas
urbanas... - Kate me disse apenas ignorando a minha pergunta.
- O que esta
querendo me contar? - Me levantei e comecei a caminhar na direção dela,
enquanto sentia mais uma vez, os olhos famintos de alguém sobre mim.
- Por acaso já
ouviu falar no vampiro de Curitiba? - Ela me perguntou enquanto as cortinas
brancas começavam a balançar ao encontro do seu vestido, e os trovões faziam
mais barulho.
- Não acredito em
historias assombradas, Kate, já passei dessa fase há algum tempo. - Eu dei um sorrisinho,
que passou despercebido pela minha melhor amiga.
- Então você não
acredita. - Disse ela, vindo em minha direção, e tirando carinhosamente a faixa
do braço, enquanto o espanto e o medo invadiam o meu rosto.
- Oh meu Deus, Kate.
- Eu gritei, apavorada, quando olhei para a marca de mordida em seu braço.
- O encontrei,
logo que cheguei aqui, Aninha, ele me transformou, mas isso não muda a nossa
ami... - Ela tentou falar, mas eu a interrompi.
- Não, você não
pode estar falando serio. - Disse pegando a minha mala e minha bolsa, mais que
depressa, caminhando sem olhá-la.
- Ele está atrás
de você. - Kate disse com uma voz triste quando eu cheguei perto da porta.
Um longo arrepio
me percorreu todo o corpo, e de repente, talvez por medo, abri a porta e sai,
deixando para trás os olhos tristes e sem vida de Kate, e talvez a nossa
amizade, de alguns longos anos.
Enquanto eu
andava em direção ao elevador, na sala de Kate, um homem apenas fazia um carinho
na cabeça dela, enquanto corria seus dedos gelados, por entre a cicatriz no
braço dela, dizia:
- Tudo bem,
querida, você foi ótima.
Já dentro do
elevador eu me xingava mentalmente, por depois de tanta insistência ter
aceitado fazer essa viagem, mas parte de mim não esquecia as palavras de Kate.
“Ele está atrás
de você.” As palavras se repetiam em minha mente.
- Térreo, por
favor. Quase sussurra um homem muito arrumado que entra elevador adentro.
- O painel é logo
ali. Aponto o dedo, mostrando que estou com cara de poucos amigos, e sem jeito
me viro de costas para ele.
As luzes se
apagam por um momento, e assustada me agarro as paredes do elevador.
- Assustada,
menina? Pergunta o estranho, enquanto o elevador chega lentamente ao térreo, e
sem olhá-lo saio rapidamente, sentindo um olhar intenso sobre mim.
Nas ruas escuras,
a chuva só tornava a minha caminhada mais difícil, e depois de ser informada
sobre um hotel ali perto, vou andando com certa dificuldade quando as minhas
pernas me traem me levando a uma queda feia.
- Ah, que ótimo,
era tudo que eu precisava agora. - Grito e antes que eu pudesse perceber, uma
mão havia se estendido para mim, e em segundos, meus olhos se encontraram com
os do estranho do elevador.
- Deixe que eu te
ajudo, menina.
- Não, não precisa,
estou bem. Reagi empurrando a mão dele, me levantando devagar.
- Não seja mal
educada, garota. O estranho disse pegando a minha mala do chão.
Tomei a mala dele
num puxão,e mais que depressa me afastei, pensando em correr a qualquer
momento, se fosse o caso.
- Estou atrás de você.
Ele gritou quando eu tomei certa distancia, dando um leve sorriso.
Assim que as
palavras de Kate cruzaram mais una vez, eu deixei minha mala cair no chão
lentamente, e percebi que tudo fazia sentido, a força de Kate com o ladrão, a
marca de mordidas, os olhos que eu sentia sobre mim.
Era ele o vampiro
de Curitiba.
As minhas pernas
como se tivessem vida própria, andaram ate ele, enquanto os trovões iluminavam o
céu.
- Acho bom
acreditar em historias assombradas, Aninha. Está vivendo uma. – disse ele.
Quando olhei para
as poucas pessoas que passavam na rua, elas estavam todas paralisadas. De um
momento para o outro, ele me imobilizou com seus braços gelados, e depois de um
impulso eu gritei a plenos pulmões e cai sem sentido em seus braços.
Algumas horas
ficaram perdidas em minha mente, e enxergando com dificuldade eu pedi:
- Água... preciso
de água.
- Aqui está,
menina levada. - O vampiro disse rindo sentado aos pés da cama.
Assim que
coloquei os olhos nele, me encolhi na cama.
- Onde... Onde
estou? - Perguntei assustada olhando para os lados.
- Isso não
importa, Aninha, o que realmente importa é que agora voce é minha, me pertence.
Ele disse tirando
o blazer e colocando sobre a cama.
Com muita tontura
e derrubando algumas coisas, eu disparei em direção a porta, mas estava
trancada.
- Não ira sair,
menina.
- Socoroooo! Socorooo!
- Eu gritava descontrolada e socava a porta.
- Não gosto de
gritos, venha, venha aqui. Ele disse se aproximando e me puxando pelo braço
- Sabe Aninha,
tenho te observado, já tem um tempo, e não tenho gostado nada, nada do seu
comportamento, briga com todo mundo, e se alguma coisa não sai como você quer,
apronta um escandalo. - Ele falava e dava voltas ao redor de onde eu estava
sentada.
- Me observando?
Estava me espionando? - falei com um pouco de medo.
- Sou um vampiro
menina, não ha nada que eu não possa fazer.
Bem devagar me
aproximei de uma estante que havia no quarto, com vários vasos, e comecei a
jogar todos em cima do vampiro, que em resposta , parava os objetos com um
movimento das mãos, e os direcionava para a parede.
- Não me provoque
menina. - Ele disse com os olhos faiscando para mim.
- Apenas me deixe
ir. - Choraminguei encostada na parede.
- Vais ser minha
Aninha, mas eu não permitirei que seja tão levada assim.
Ele repuxou um
sorriso, e de repente, como num passo de mágica, dos meus desejos e segredos
mais ocultos ele ficou sabendo. O vampiro sorria, os olhos fechados, saboreando
cada pensamento, e cada segredo.
- Então é disso
que você tem mais medo? - Ele sorriu satisfeito.
- O que esta
fazendo comigo? – Gritei, colocando as mãos na cabeça, e me ajoelhando
lentamente, enquanto uma forte dor de cabeça me invadia.
Quando ele me
liberou do encanto, ele me ajudou a levantar e em meu ouvido sussurrou.
- Comigo, vais
ser a minha doce princesinha, porque se assim não for, eu te esquentarei o
bumbum com umas boas palmadas, todos os dias, agora venha aqui, menina.
Eu ouvi ele me
chamar, mais a menina levada dentro de mim, decidiu me dar esse ultimo golpe.
- Não, eu não
vou. - Eu disse, me afastando mais um pouco.
- Se eu tiver que
ir ate ai te buscar... - As palavras dele ecoavam em minha mente mais uma vez,
e quando abri os olhos, ele já estava bem perto de mim sorrindo.
- Sei de sua
mente, Aninha, e como você tem sido malcriada. Eu vou ter o prazer de te
ensinar a se comportar.
- Mais eu não
queeeerooo. - Fiz um beicinho e o vampiro balançou a cabeça, e logo seu rosto já
ficava com uma expressão seria, e ali de pé mesmo, desceu a mão em meu bumbum.
Plaft Plaft Plaft
- Aiiii que
is..aiiii aiii
Plaft Plaft Plaft
- Venha Aninha,
venha aqui.
Plaft Plaft Plaft
Eu pulava a cada
palmada, mas foi assim que ele me levou ate a cama, onde se sentou e me jogou
de bruços em seu colo.
Plaft Plaft Plaft
Plaft
- O que eu te
disse? - O vampiro irritado me perguntou.
Plaft Plaft Plaft
Plaft
- Aiihe par... aiii paraaa aiii. Eu sentia meu bumbum esquentar a cada
palmada.
Plaft Plaft Plaft
Plaft
- O que eu te
disse Anínha? Ele me perguntou mais uma vez.
Plaft Plaft Plaft
Plaft
- Aiaaiii que era
aiii pra mim aiii ir ate aiiii vocêee... - Eu gritava e esperneava em seu colo.
Plaft Plaft Plaft
Plaft
- E o que voce
fez?
- Aiiih droga
...aiihi ta doendo aiiii eu desobeci aiiii
Sentia cada
palmada estalando forte no meu bumbum, enquanto o vampiro, com muita facilidade,
abaixou as minhas calças, e lentamente abaixou a minha calcinha, olhando meu
bumbum já bem rosado.
Plaft Plaft Plaft Plaft Plaft Plaft Plaft Plaft
- Isso é para
voce aprender, menina levada.
Plaft Plaft
Plaft Plaft Plaft Plaft Plaft Plaft
- Aiaiii meu bumbum aiaiiih aiiii paraaa aiiii. Eu gritava esperneando o mais que podia, mas
o vampiro me segurava bem firme, observando meu bumbum se colorir de vermelho.
Plaff Plaft Plaft
Plaft
- Não vai mais
responder.
Plaft Plaft Plaft
Plaft
- Não vai mais
ser mimada.
- Aiii snif aieh
snif snif snif snif eu prometoooo. - Eu apenas assentia enquanto as mãos dele
tratavam do meu bumbum .
Plaft Plaft Plaft Plaft Plafl Plaft Plaft Plaft
- Vamos querida
fale o que você esta pensando agora. - O vampiro me pediu muito calmamente.
Plaft Plaft Plaft Plaft Plaft Plaft Plaft
- Eu aiii snif eu
acredito no snif snif no vampiro snif snif de Curitiba. - Eu disse entre choro
e soluços.
Ele então parou e
com um leve sorriso no rosto, me levantou do colo. Eu apenas esfregava meu
bumbum, com as duas mãos.
- Quero esse
narizinho encostado aqui na parede, está de castigo, meia hora com esse bumbum
a mostra.
Caminhei ate a
parede lentamente ate a parede e me virei, sabendo perfeitamente que o vampiro
estava me vigiando.
Quando enfim pude
sair do castigo, ele sentado novamente na cama me disse:
- Aninha, não se
trata de vida ou morte, mas de respeito ou bondade, a minha vida foi tirada de
mim por crueldade, mas quanto a sua...
O olhei com
desespero enquanto ele se aproximava de mim, já abrindo a sua boca, em direção
ao meu pescoço...
Molhada e com
muito frio acordei em uma das ruas de Curitiba, com um bilhete nas mãos.
No outro dia
enquanto o avião do aeroporto de Curitiba ganhava movimento, eu me ajeitava
lentamente em cima de uma almofadinha em forma de coração, e relia o bilhete
escrito em vermelho, me dizendo que aquilo não era um sonho.
"Ainda serás
minha, Aninha."
Sim. Isso era uma
promessa!
6 comments:
Adorei o conto...
eu também gostei do conto, menininha malcriada. Foi um grande prazer publicá-lo.
Sempre com contos maravilhosos.
Parabens malcriada!
bjs
Tem realmente gente q gosta disso? Ñ é algo psicologico? Nunca encontrei ninguém q sente prazer com isso!
Tem sim, Heroes Teen, tem gente que realmente gosta de dar e receber palmadas. Claro que é algo psicológico, mas eu não sou especialista nisso então não sei explicar como isso acontece. Você deve ser jovem, ao longo da vida você vai encontrar gente que sente prazer com as palmadas.
Preciso de palmadas andei aprontando muito
Post a Comment