Monday, October 13, 2025

Mariana e Marieta, irmã branca e irmã negra - 01

Capítulo 1



    O Coronel Bravo Durão era dono de uma grande e próspera fazenda no tempo do império. Ele era viúvo e era conhecido como um homem autoritário e disciplinador. Os bumbuns doloridos e vermelhos de sua filha Mariana, de suas escravas jovens (os escravos homens, quando precisavam ser corrigidos, eram entregues ao feitor, e as escravas velhas não interessavam ao Coronel) e de suas amantes eram uma boa prova disso.

    Um dia, o Coronel foi tomar seu café da manhã na sala de refeições e encontrou Mariana ao lado de uma moça negra, bonita, com mais ou menos a idade de sua filha.

    O Coronel examinou bem a moça. “Bonita e gostosa, essa neguinha”, ele pensou. Mas não era uma de suas escravas, nem ele se lembrava se a conhecia ou não. Então ele disse:

    - Quem é ela, Mariana?
    - É a Marieta, pai, e ela vai viver com a gente a partir de hoje, porque ela perdeu os pais no mês passado e não tem irmãos e nem nenhum parente conhecido e eu sempre quis uma irmãzinha.
    - Você nem pensou em perguntar se eu concordo com isso, Mariana? E eu já disse muitas vezes que você deve me chamar de “senhor meu pai”.
    - Não, porque eu já decidi: ela vai ficar comigo e pronto! Se não for aqui, será em outro lugar, mas eu vou ficar com ela.

    O Coronel olhou bem para a filha, e também para Marieta. Marieta estava muito sem jeito e encabulada, e Mariana estava encarando o pai, com uma expressão bem decidida e agressiva, pronta para responder o pai se ele dissesse alguma coisa.

    “Mariana apanha muito no bumbum, mas nem por isso ela fica mais educada”, pensou o Coronel, “parece até que ela gosta das palmadas”.

    Certamente a Mariana não tinha vergonha de ainda apanhar no bumbum, mesmo já sendo uma moça crescida. A Mariana era uma sem-vergonha, como dizia o Coronel. E além de sem-vergonha, era muito atrevida e teimosa, então o Coronel já sabia que a filha iria fazer de tudo para ficar com a Marieta.

    Já a Marieta parecia ser bem mais mansa e humilde que a Mariana. “Mas também, ser mais humilde que a Mariana é fácil”, pensou o Coronel. E o Coronel também pensou: “Isso pode ser uma coisa boa, essa Marieta tem jeito de submissa, e eu vou ter mais um bumbum para surrar em casa, e pelo jeito ela tem um bumbum bonito. Se tiver, logo vamos ver.”. A Mariana podia gostar, ou não, de apanhar no bumbum, mas o Coronel, sem dúvida nenhuma, gostava de surrar bumbuns.

    - Está bem, Mariana. - disse o Coronel - Mas tem condições: em primeiro lugar, ela vai ter aulas com sua preceptora. Ela sabe ler e escrever? Não, né? Então, ela terá que aprender. Vamos “desasnar” a Marieta, como dizem. E depois ela também terá que aprender latim, francês e inglês, além de matemática, e também piano, dança e desenho, e outras ciências que dona Chiquinha achar conveniente.

    Dona Chiquinha era a preceptora de Mariana. Era uma mulher sábia, que tinha uma sólida formação clássica e ensinava muitas matérias à Mariana.

    - E por acaso a Chiquinha vai surrar com um chicotinho de equitação o bumbum dela, como faz comigo? - disse Mariana.
    - É claro, filha, se ela achar que a Marieta precisa, ela vai, sim! Isso funciona com você, não funciona? E eu já disse muitas vezes que para você ela é “Dona Chiquinha”, e não apenas “a Chiquinha”.

    A Mariana, que já era linda e já estava encarando o pai de cara amarrada, ficou ainda mais zangada e duas vezes mais bonita, e disse:

    - Eu não sei para que a Marieta precisa aprender a tocar piano. E nem mesmo inglês, francês e muito menos latim e desenho. Aprender a ler, escrever e contar até vale, aprender a dançar pode ser divertido, mais do que isso é besteira. Acho que o que o “senhor meu pai” quer é uma desculpa para surrar e fazer a “Dona Chiquinha” surrar o bumbum dela. - A Mariana sempre falava “senhor meu pai” e “Dona Chiquinha”, quando falava, o que não era frequente, empinando o narizinho e com um tom de voz irônico.

    O Coronel não ligou para isso e continuou:

    - Além disso, vou chamar uma parteira para examinar a Marieta.
    - Ué, pai, por quê? - disse Mariana.
    - Se ela não for cabaço, sem chance de ser sua irmã e minha filha! E eu sou o “senhor meu pai” pra você!

    A Marieta, ouvindo isso, pôs a mão na boca e tremeu de vergonha, porque já imaginava que parte de seu corpo o Coronel queria examinar. Mariana ficou indignada.

    - Isso é um absurdo, pai! A Marieta é uma moça séria! - disse Mariana, que se voltou para Marieta e disse: - Marieta, eu sou virgem. Você também é, não é?
    - Eu… eu também sou. - disse a encabulada Marieta. - Papai não deixava nenhum estranho nem mesmo me ver. A gente morava na roça, e quase nunca tinha visita, e quando chegava um estranho eu tinha que ficar no meu quarto, e só podia sair depois do estranho ter ido embora. Muita gente nem sabia que meu pai tinha uma filha, antes dele morrer.
    - Então, pai? Ou melhor, “senhor meu pai”? Não precisa ninguém examinar a Marieta!
    - Só que eu quero ter certeza. E do que ela vai ter vergonha? Eu vou castigá-la quando eu achar que ela precisa, isso quer dizer que vou ver o bumbum dela. É melhor a Marieta se acostumar logo com isso! E, por falar nisso, vai aqui mais uma condição: Quando a Marieta precisar levar umas boas palmadas, você também vai apanhar.
    - Ah, eu também vou?
    - Porque você trouxe ela para cá, você é responsável por ela e tudo o que for culpa dela vai ser sua culpa também. Afinal, ela está aqui por sua causa. Então, se eu achar que ela precisa apanhar, você também vai.
    - Isso eu ainda aceito. - disse Mariana - Mas ela vai ficar aqui!
    - Certo. Se você aceita essas condições, ela pode ficar sendo sua irmãzinha.

    O Coronel logo mandou chamar uma parteira, e a parteira veio no final da tarde. Ela tentava examinar a Marieta, que tremia toda, deitada de costas na cama, tentando manter suas pernas abertas, mas era difícil. Marieta era bem tímida e delicada, ao contrário de Mariana. Mostrar suas partes íntimas a uma mulher estranha era muito embaraçoso para Marieta, e além do mais estavam no quarto Mariana e o Coronel, ambos com cara amarrada. A Mariana, pela humilhação a que estava sendo submetida sua amiga, agora sua irmã, e o Coronel, porque aquela era a cara dele de costume.

    Depois de quinze minutos, a parteira disse:

    - Senhorita, se você continuar tremendo tanto, será difícil para mim examiná-la.
    - Pode me dizer porque você treme desse jeito, menina? - disse o Coronel.

    A Marieta nada disse, então Mariana falou por ela:

    - Ela sente vergonha de mostrar o cabaço para outra pessoa e na sua frente ainda por cima, pai.
    - Não precisa ter vergonha de mim, menina. Muito menos da parteira.

    Mas a Marieta não parava de tremer. Então, Mariana abraçou sua nova irmã, na altura dos ombros, e disse:

    - Estou com você, maninha, não precisa ter vergonha, viu? Pode relaxar, é para podermos ficar juntas.

    Com isso, Marieta passou a tremer menos. Ela ainda estava muito encabulada, mas já tinha condições de ser examinada. Depois de alguns minutos, a parteira disse:

    - Pronto, Coronel, eu examinei Marieta. Está intacta. Ela ainda é cabaço.
    - Eu não te disse? - disse Mariana, encarando o pai - Não havia necessidade nenhuma dessa palhaçada, nem de humilhar a Marieta desse jeito.

    Quando a parteira foi embora, Marieta deu um suspiro aliviado. Mas o Coronel disse:

    - Bem, hoje é seu primeiro dia aqui, e já começa bem, minha filha adotiva, com sua primeira surra.
    - Peraí, o que ela fez? - disse Mariana.
    - Por que ela tremeu feito besta daquele jeito? Era só deixar a parteira examiná-la, não precisava de tanta tremedeira.
    - Ora, isso não é culpa dela! A Marieta é uma donzela muito tímida, é claro que ela vai se sentir pouco à vontade, mostrando suas partes íntimas para uma estranha e na frente de um homem, ainda por cima.
    - Eu não sou qualquer homem, certo? Sou o pai dela a partir de hoje, então ela tem que aprender a não ter vergonha de mim. Além disso, com intenção ou não, ela atrapalhou o trabalho da parteira. Acho que merece umas palmadas. Mas você tem razão numa coisa, Mariana, a Marieta não fez nada de muito grave, por isso, e como é a primeira surra, vou dar só vinte palmadas. É bem pouco, como você sabe muito bem, você que costuma levar centenas de palmadas cada surra e nunca aprende.

    Então, o Coronel se voltou para Marieta e disse a ela:

    - Pegue aquela cadeira sem braços e traga para o meio da sala, Marieta. Quando trouxer, fique ao lado da cadeira.

    A Marieta obedeceu, tremendo. Desta vez, a Marieta tremia porque ia levar umas palmadas e porque um homem ia ver seu bumbum pela primeira vez. Mesmo quando a Marieta apanhava de seu falecido pai natural, ela não ficava com o bumbum pelado, as palmadas eram humilhantes e dolorosas, mas eram sempre sobre a saia.

    Quando ela trouxe a cadeira, o Coronel se sentou enquanto Marieta ficava em pé, ao lado da cadeira. Então, o Coronel disse.

    - Agora, menina, levante sua saia e baixe suas calçolas de donzela, e depois deite de bruços no meu colo, com seu bumbum pelado voltado para cima e sua cara voltada para baixo.

    A pobre Marieta começou a chorar de vergonha, mas não ousou desobedecer o Coronel, e fez o que ele mandou. Assim, ela ficou com a saia levantada e as calçolas abaixadas, deitada de bruços no colo do Coronel, que por alguns segundos admirou a beleza do bumbum da trêmula e chorona donzela negra, esperando o momento de dar a primeira palmada, que não demorou.

    PLAFT!

    Marieta enrijeceu todo o seu corpo, e fez menção de proteger seu bumbum com a mão, mas o medo do Coronel a fez desistir. O Coronel acariciou um pouco o bumbum de Marieta, e deu então a segunda palmada.

    PLAFT!

    Era um bumbum grande, além de belo. Os dedos do Coronel deixavam marcas negras na pele de Marieta, pele essa que, por ser já escura, não deixava muito óbvio ter levado uma palmada, exigindo por isso que o observador tivesse um olhar especial, habituado a ver marcas dos dedos colorindo a pele de um bumbum indisciplinado. Esse era, justamente, o caso do Coronel, que por isso percebia bem os lugares em que a pele escura de Marieta ficava mais escura.

    PLAFT!

    PLAFT!

    As duas primeiras palmadas foram no lado direito do bumbum da Marieta, a terceira e a quarta foram no lado esquerdo. Essas quatro primeiras foram bem fortes, e deixaram Marieta bem abalada, indefesa para as demais palmadas. O Coronel resolveu acabar logo com a pequena (“pequena”, para os padrões dele) surra, e mandou mais dezesseis palmadas bem fortes, desta vez mais rápidas, oito na nádega direita do bumbum de Marieta: PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT!

    E depois mais oito, na nádega esquerda: PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT!

    Quando o Coronel acabou, a pobre Marieta estava chorando alto. Foram só vinte palmadas, mas foram bem fortes, e deixaram o bumbum da Marieta bem ardido. Mesmo assim, Marieta chorava muito mais de vergonha do que de dor.

    O Coronel ainda ficou admirando o belo bumbum de Marieta. O Coronel achou uma pena que as marcas das palmadas não se destacavam no bumbum de Marieta tão nitidamente quanto no bumbum de Mariana. Dava para ver que em alguns lugares o bumbum escuro de donzela negra tinha ficado ainda mais escuro, é verdade, mas isso exigia que o observador tivesse experiência em dar palmadas e olhasse com atenção.

    “Bem, quando ela aprontar”, pensou o Coronel, “‘quando’, e não ‘se’, então ela vai levar uma surra mais forte e aí eu acho que dará para as marcas das palmadas se destacarem mais. Agora, vamos tratar de Mariana”.

    - Mariana, - disse o Coronel - eu já castiguei a Marieta, vou tratar de você daqui a pouco, quando você tiver terminado de consolar sua… irmã. Mas é melhor terminar logo com isso, mocinha.

    A Mariana, de fato, estava abraçando Marieta, deixando sua irmã adotiva chorar em seu ombro e ajudando ela a se vestir. Mariana beijava os olhos chorosos de Marieta, e também seu belo rosto molhado de lágrimas, e logo beijava a boca bela de sua irmã, beijo ao qual Marieta correspondeu com prazer. As duas moças se beijavam com muito amor. O Coronel não estava nem um pouco surpreso.

    “Irmãzinha… sei…”, pensou o Coronel.

    Ainda com Marieta em seus braços, Mariana se voltou para o pai e disse:

    - Suponho que agora é minha vez de apanhar no bumbum.
    - Você supõe certo. Venha cá, mocinha.

    Mariana andou na direção do pai, com cara amarrada, sabendo que iria apanhar. Ela não tinha medo, já estava mais do que acostumada às palmadas. O Coronel ainda estava sentado na cadeira, e quando Mariana chegou perto do pai, ela levantou a saia e abaixou as calçolas, se deitando no colo do Coronel logo em seguida. Então, Mariana cruzou os braços e fechou a cara, esperando as palmadas. “Tomara que isso termine logo”, pensou Mariana, “é ridículo uma moça da minha idade ainda apanhar no bumbum. Pode ser gostoso, às vezes, mas é ridículo”.

    O Coronel, então, com toda força, deu dez palmadas na nádega direita de Mariana: PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT!

    E depois mais dez palmadas na nádega esquerda: PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT!

    O Coronel examinou bem a filha. A Mariana estava calada, emburrada. Talvez até com um sorrisinho irônico. O velho sabia que sua filha estava acostumada a apanhar, e quase não ligava. “A Mariana detesta mais o ridículo do que a dor. Ou talvez ela goste mais do ridículo do que da dor. Certamente, ela sente mais prazer do que dor.” O Coronel olhou para Marieta. Sua filha negra estava espantada com a dureza, a coragem e a falta de vergonha da Mariana. “Com o tempo, a Marieta vai acabar assim também”, pensou o Coronel.

    - Essas vinte palmadas foram pelo castigo da Marieta, Mariana. - disse o Coronel - Como ela levou vinte, e conforme combinamos, você também leva vinte palmadas.
    - Certo! - disse a Mariana, achando que já tinha acabado. O bumbum da filha branca do Coronel estava rosado, àquela altura. Era um bumbum muito branco, e as marcas dos dedos eram muito mais visíveis do que no bumbum de Marieta.
    - E agora, uma surra completa você vai levar! E sabe o motivo? É porque você foi uma atrevida, em trazer uma moça para casa sem me consultar! Eu adotarei Marieta, sim, porque ela é moça donzela, séria, e porque tenho pena de uma moça que perdeu seus pais. Mas você não deixará de apanhar no bumbum por não parar de ser atrevida e caprichosa, e por querer mandar na minha casa. Entende isso, mocinha?
    - Deixe de ser hipócrita, pai! Você adotou a Marieta porque você acha bom ter mais um bumbum para surrar! Isso é cinismo ou hipocrisia?
    - Essa Mariana não deixa de ser atrevida! E eu já disse muitas vezes que é “senhor meu pai” pra você! Muito bem, eu sei lidar com isso!

    Então, o Coronel disparou uma série de fortes palmadas no bumbum branco de Mariana. Não era tão grande quanto o bumbum de Marieta, mas era até um pouco mais bonito, liso e bem redondo, e maior do que os bumbuns da maioria das moças brancas. Normalmente, o bumbum de Mariana era bem branco, como se fosse de leite, e agora estava rosado. 

    PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT!

    Mas aos poucos, de rosado o bumbum de Mariana aos poucos passou a vermelho.

    PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT!

    A mão do Coronel era dura, grande e quadrada. O Coronel tinha o hábito de surrar bumbuns, e batia com a mão bem aberta, cobrindo o máximo de área possível.

    PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT!

    Marieta assistia espantada sua irmã, como ela já considerava Mariana, apanhando com tanta força, sem deixar a expressão emburrada, com um sorriso irônico.

    PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT!

    Era verdade que a Mariana sentia mais prazer do que dor, mas quando as surras passavam de cinco minutos ela começava a sentir muita dor também. De qualquer forma, ela se sentia ridícula, apanhar no bumbum aos 18 anos!

    PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT!

    A certa altura, o Coronel resolveu dar palmadas mais embaixo, nas coxas, perto das nádegas. A Mariana se surpreendeu e deu um gritinho, mas logo se recompôs. As palmadas seguiram rápidas e fortes.

    PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT!

    Quando a surra estava acabando, Mariana fechou os olhos, porque estava sentindo que iria derramar algumas lágrimas. Ela pensava: “Nossa, hoje ele está batendo mais do que o normal… Tudo bem, se assim eu terei a Marieta ao meu lado, então vale a pena… Mas tomara que isso acabe logo…”

    PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT!

    O Coronel afinal resolveu terminar. Ele deu com toda a força que tinha as dez últimas palmadas: PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT!

    Então o Coronel levantou Mariana de seu colo. Depois, disse a ela:

    - Muito bem, Mariana. Você é atrevida, teimosa e sem vergonha, mas pelo menos é corajosa. Agora, vá para o quarto com a Marieta. Eu coloquei uma cama para a Marieta no seu quarto, ele é grande bastante para vocês duas e ainda sobra espaço. Você não se incomoda com isso, certo?
    - Não, “senhor meu pai”. - disse Mariana, com a cara amarrada, esfregando seu bumbum dolorido.
    - Que bom que você concorda! Amanhã de manhã terei uma conversa com dona Chiquinha sobre Marieta, veremos como vamos educá-la. E agora, Mariana, antes de dormir, tome minha bênção.

    A Mariana deixou a cara emburrada por um momento para sorrir de forma irônica quando se aproximou do pai para beijar a mão forte e dura que tinha acabado de encher o bumbum dela com muitas e fortes palmadas.

    - A bênção, “senhor meu pai”! - disse Mariana.
    - E você também, Marieta. - disse o Coronel.

    Marieta, com vergonha e tremendo, se aproximou do Coronel, se abaixou para pegar a mão dele e beijar, e disse com voz tímida:

    - A bênção, senhor Coronel!
    - É “senhor meu pai”, Marieta, você vai ser minha filha, lembra?
    - Sim… desculpe, senhor meu pai.

    Depois, as duas donzelas foram para o quarto. O Coronel pensava: “É bom ser chamado de ‘senhor meu pai’ sem ironia, para variar”.

    No quarto, as duas donzelas dormiram na mesma cama, apesar de ter uma cama para cada uma. A Marieta passou um creme no bumbum vermelho e meio inchado da Mariana, que ardia tanto que a Marieta podia sentir o calor da pele com o toque.

    - Nossa, Mariana, como o Coronel bate forte!
    - Sim, bate forte, mas valeu a pena, Marieta, agora estamos juntas para sempre. E não chame o pai de Coronel, chame ele de pai, viu?
    - Vou tentar, Mariana, mas é difícil me acostumar.
    - Bem, se você chamar ele de Coronel, isso também não tem importância, o pai vai aproveitar para te dar umas palmadas. Ele vai é achar bom.
    - Ai, Mariana… eu fico com muita vergonha, eu quis morrer quando ele viu meu bumbum.
    - Eu nunca tive vergonha disso, acho que é porque o pai sempre viu meu bumbum. Quando eu era menininha, ele me dava duas palmadas no bumbum pelado. Fiz dez anos, ele passou a me dar quatro. Com doze anos, ele passou a dar oito. Com quatorze anos, passei a levar dezesseis palmadas no bumbum pelado. Nessa época, eu comecei a ter consciência do meu corpo de mulher, então eu comecei a ter prazer com as palmadas, comecei a me tocar, a esfregar meu cabaço depois de levar palmadas no bumbum, eu passei a me esfregar olhando o meu bumbum no espelho e gozava rapidamente e bem gostoso… Com dezesseis anos, o pai passou a me dar trinta palmadas no bumbum, eu pensei que seriam trinta e duas, mas o pai disse que era melhor arredondar para trinta, para facilitar a contagem. E agora, você viu, com dezoito anos eu ainda apanho no bumbum, e o pai me bate até cansar.
    - Ah, Mariana, será que eu vou mesmo me acostumar com isso? As vinte palmadas já estão doendo pouco agora, mas eu ainda tremo de vergonha quando penso que o… pai… viu o meu bumbum.
    - Deixe eu ver seu bumbum, Marieta.

    A Marieta então se virou para Mariana, e levantou a camisola, exibindo seu belo bumbum negro.

    - Ah, está bom – disse Mariana - Nem se vê mais marcas de palmadas, até parece que nunca levou um tapinha…
    - Mariana, - disse Marieta - Eu posso passar esse creme no seu bumbum? Esse creme que você diz que refresca e é bom para peles doloridas?
    - Claro que pode, Marieta, eu ia te pedir isso mesmo.

    A Mariana se virou, mostrando o bumbum vermelho para Marieta. Quando Marieta viu o bumbum de sua irmã, ficou espantada e disse:

    - Nossa!

    O bumbum de Mariana estava de fato bem vermelho.

    - Será que eu vou apanhar até ficar assim, Mariana?
    - Provavelmente - disse Mariana - Mas não se preocupe, irmã. Você vai se acostumar, e depois vai gostar.

    E, falando baixinho no ouvido de Marieta, Mariana disse:

    - Desconfio que meu pai sabe que eu gosto dessas palmadas, que elas me excitam, que sinto uma bruta vontade de estender a mão até o meu cabaço e me esfregar quando apanho no bumbum, mas eu me seguro para o pai pensar que está me castigando. Ou talvez ele saiba que não está me castigando, mas ele quer manter a pose. Pouco importa, o fato é que minha vontade de gozar quando apanho é muito grande, e está aumentando com você esfregando esse creme no meu bumbum, Marieta…

    A Marieta também estava muito excitada, passando o creme no bumbum de Mariana, e sentindo como o belo bumbum de sua “irmãzinha branca” estava quente. “Deve estar ardendo como se tivesse sentado numa fogueira”, pensou Marieta, e ela pensou certo… Logo, as duas donzelas estavam se abraçando e se beijando, e nuas. Era um belo contraste, a pele de Mariana colada na pele de Marieta, uma branca como leite, outra negra como carvão. As duas donzelas logo esfregavam seus cabaços uma na outra, a xoxotinha loira de Mariana se esfregando na xoxotinha com cabelos negros e duros de Marieta, e as duas gozaram em poucos minutos, pela primeira vez. Logo, teve uma segunda vez, e uma terceira, e uma quarta… As duas do Coronel Bravo Durão dormiram na mesma cama, nos braços uma da outra.

    Elas acordaram tarde e tomaram banho juntas. Logo se arrumaram. A Mariana contou à Marieta que logo teriam que conversar com a Dona Chiquinha, a preceptora.

    - Eu não sei se vai ser hoje ou amanhã, Marieta - disse Mariana - Mas vai ser essa semana, com certeza. Vamos ver o que o pai vai combinar com ela. O chicotinho dela também é gostoso, mas deixa cada vergão no meu bumbum...

Thursday, July 08, 2021

Conto da Justine: O Senhor Chinelo

 

RUTH E RAQUEL em:

"O Sr. Chinelo"

 

- Ruth do Céu! A mãe descobriu tudo sobre a história da grana da Matilda. Não sei como ela descobriu...Está uma vara no telefone!! E agora Ruth? Disse que tá vindo matar nós duas!
- Para de se preocupar, e daí...cê parece que tá com medo da mãe? Parece criancinha...Qual que é Raquel !?
- Nunca vi a mãe assim, desse jeito.
- Hiii Raquel dá um tempo. Ela chega aqui e a gente fala tudo, conta a verdade dá um jeito de repor, sei lá...pede desculpa.

A mãe entrou zunindo no quarto chutou a porta e pegou primeiro a Ruth, veio prá cima dela com tudo, puxou a Ruth pelo cabelo e fez ela ajoelhar. Eu sei que eu sou cagona, mas Ruth...que é de responder e espernear ficou tão assustada com o nervoso da mãe que ficou quietinha, pianinho, até ajuntou as mãos na frente do peito. Depois a mãe berrou pro meu lado:

- E você do lado dela, já! de joelhos e sem um piu!

A mãe espumou enquanto falou todas aquelas coisas sobre a nossa gigantesca cagada. Ela tava vermelha e a veia do pescoço pulou prá fora. Nós duas lado a lado de joelhos ficamos paradinhas e eu quase nem respirava, o coração berrando tanto que eu fiquei tonta e não entendia mais nada que a mãe falava. Só tava com medo.

A Ruth foi argumentar mas ela proibiu a gente de falar e disse que isso não ia ficar assim não! e abriu a porta do armário e começou a jogar tudo quanto é sapato pra cima da cama. No começo eu não entendi, achei que ela estava escolhendo uma roupa para ir num daqueles jantares...nessas reuniões do Rotary que ela sempre ia com o nosso pai. Mas de repente...ela puxou do fundo do armário o chinelo, aquele! De tanto tempo...

Aquele mesmo chinelo que a gente conhecia bem, que era de surra mesmo. Ela dava sempre, dia sim dia não. O pai só de vez em quando, mas quando pegava a gente! Ele sempre dizia antes de começar a bater:

- Menina tem que entrar na disciplina!

E era uma do lado da outra esperando a vez de ir pro colo do pai. Ele levantava o vestido e arriava a calcinha. As vezes eu era a primeira e as vezes era a Ruth. O chinelo cortava o ar e a bunda da Ruth ia ficando vermelhinha e depois era a minha vez, a Ruth não dava um pio, não sei como ela conseguia aguentar, eu não, eu era chorona e antes do pai terminar a surra na bunda pelada da Ruth eu já estava apavorada e chorando.

O nosso chinelo da infância saiu do armário com uma camada de bolor verde, o couro tava mais escuro do que antes. Era sempre assustador ver o Sr.chinelo voltando à vida depois de ser desenterrado de dentro do armário, eu não sabia que a mãe ainda guardava aquele instrumento de castigo.

Ela sentou na cama e ficou batendo o chinelo nas mãos...e disse um monte de coisas: que agora a gente ia passar mais esse castigo, mas que ela esperava que fosse o último da nossa educação, e que pelo jeito que a gente estava indo...O chinelo ia cantar muito ainda na nossa bunda, que a gente não tinha crescido e tal... Nós duas ficamos balançadas, porque era duro passar pelo chinelo. O chinelo nas mãos dela era ardido mesmo, me senti uma garotinha outra vez, sem saída, A mãe puxou eu em primeiro lugar. E a Ruth continuou ajoelhada e ficou bem na nossa na frente assistindo tudo. A mãe ergueu minha saia de colegial até a cintura e como eu já tinha o corpo de mulher, fiquei com vergonha da mãe estar olhando meu bumbum depois de tantos anos. Depois abaixou minha calcinha e senti meu traseiro no vento, desnudo, sabe, eu senti prazer, de estar de novo no colo da mãe, fazia tanto tempo! Mas quando ela começou a encher o meu bumbum de chineladas eu me lembrei logo de como doía, era a mesma dor de sempre e de novo gritei e chorei e pedi, implorei:

- Ai! Mãe!! Para mãe, eu juro prá senhora. Nunca mais, ai! Mãe!

Mas ela disse prá eu ficar quieta que eu já tava bem grandinha prá espernear e que ainda ia ter o castigo do pai que não ia ser menor que cintada.

Ela bateu até minha bunda ficar roxa! E fez eu ajoelhar outra vez ao lado da Ruth. Eu fiquei com a saia erguida e com o bumbum de fora que não dava prá encostar nada ali.

Depois apontou o chinelo para a minha irmã e falou:

- Agora e a sua vez, e pode se preparar, que quando você era pequena a gente economizava na mão, acho que foi esse o nosso erro. Mas hoje você se corrige. Eu sei que o cérebro dessa história do dinheiro da Matilda é seu...desgraçada! Como você pode roubar as economias da Matilda!

O chinelo balançando e o cheiro de bolor no ar e a mãe voltando a espumar até que arrancou a Ruth do chão num safanão. A Ruth caiu de bruços no colo da mãe. Ela levantou a saia pregueada e o bumbum da minha irmã apareceu branquinho, redondo, durinho, perfeito ela era bem feita e tinha as ancas maiores do que as minhas. A mãe abaixou ainda mais a calcinha branquinha de florzinha azul da Ruth e aquela calcinha era minha! O meu traseiro tava em chamas e eu me encolhi só esperando as chinelas começarem a estalar. A mãe bateu muito mesmo na Ruth. Cada chinelada fazia a Ruth se contorcer, mas ela não dava um piu, do mesmo jeito de quando a gente era criança. Mas a mãe sentou o chinelo sem dó, estalava muito e eu acho que a Ruth levou o dobro de chineladas do que eu, o bumbum dela parecia que tava suando sangue. A mãe ainda batia na Ruth quando o pai chegou.

Foi aí que a coisa engrossou. O pai entrou furioso e puxou a cinta da calça, num único movimento de maestro. Me puxou pelas orelhas e me jogou na cama, a mãe pegou a Ruth pelo braço e jogou ela do meu lado. Ficamos as duas de bruços, coladas uma na outra. Sentia o vapor do corpo da Ruth, a blusa da escola suada e o corpo da minha irmã muito quente, ela estava com o bumbum esfolado e eu pegava fogo. A mãe disse pro nosso pai:

- Agora é com você!

O pai só disse:

- Vocês são duas marginais! Levantem a saia que agora vocês vão aprender!! Ergam a saia!

A Ruth ergueu primeiro, eu já nem podia com o estrago que o chinelo já tinha feito. Mas tive que puxar a minha saia até a cintura. Tava ali as duas bundas coladas, lado a lado, expostas a espera do castigo, a semelhança genética e o mesmo gosto pela surra. O pai gritou que a gente já estava com bunda de moça e ainda precisava de disciplina. Aí o pai deu a primeira cintada, pegou nós duas de uma só vez eu contei 20 cintadas, mas perdi a conta, nem sei quanto que a gente levou. Ele bateu tanto que eu fiz xixi na cama. A Ruth chorou pela primeira vez, baixinho, soluçando e nós segurávamos uma na mão da outra, esperando a próxima cintada e cada cintada que o pai dava em nossos traseiros nossos dedos tensos e as mãos suadas se desprendiam, mas a gente dava a mão de novo. Depois que o pai parou saiu do quarto e apagou a luz. Nós ficamos chorando no escuro a noite inteira e doía tanto que não pudemos mais dormir. Eu tinha 15 anos e a Ruth 16. E levou muitos dias até desaparecer as marcas dessa surra do pai e da mãe em nós duas. A gente passou dias se ajudando uma cuidando do bumbum da outra, passando gelol, escondidas no banheiro. O Sr. Chinelo voltou para o armário e a cinta prá calça do pai. E o dinheiro, que a gente tinha escondido, pro bolso da Matilda.

by Justine

(Esse conto é da Justine, com a qual, infelizmente, não tenho tido contato. Ela era uma ótima escritora. Ela escreveu uma ótima série sobre um marques e sua jovem pupila, que infelizmente eu perdi. Felicidades, Juju!)

Sunday, August 02, 2020

C A R O L I N A

Relâmpagos iluminavam o quarto assustadoramente. O som dos trovões entrava pelos seus ouvidos como vindos do inferno. Ela tremia embaixo das cobertas. Havia urinado no colchão por não ousar levantar-se para ir ao banheiro. A chuva forte batia nas vidraças enquanto lágrimas quentes escorriam molhando o travesseiro.

Era sua primeira noite naquele lugar que por tanto tempo havia temido. Sua mãe estivera doente durante vários meses e a ameaça de ser enviada ao internato era constante. Seu pai e seus irmãos não haveriam de poder educá-la. E a tragédia se deu. Sua mãe morrera e junto com ela a alegria e a liberdade de se viver com a família.

Estava agora encerrada entre aquelas quatro paredes, em uma mansão de feições rígidas, dirigida pelo preceptor D. Diogo, o qual era assessorado por professores, educadores, serventes e cozinheiras. A casa abrigava vinte e duas moças até então. Ela seria a vigésima terceira a receber a educação que seu pai acreditava ser a ideal para senhoritas.

Naquele tempo as mulheres não tinham direito algum e mesmo estando já Carolina com dezenove anos, havia de obedecer a seu pai, seus irmãos, seu preceptor e futuramente seu marido.

Receberia aulas de piano, bordado, costura, culinária, latim, matemática e ginástica. Eclesiásticos salvariam sua alma do purgatório com lições doutrinárias. Mas a disciplina, ah a disciplina...Esta seria aplicada por D. Diogo, que havia avisado seu pai do rigor das suas exigências e da aplicação sábia de bons castigos se acaso fosse necessário.

Na entrevista do dia anterior, havia se mostrado um verdadeiro gentleman, com excelentes modos e postura. Era um solteirão, já no alto de seus trinta e oito anos, alto, bonito e elegante, com uma voz seca e segura. Havia assegurado ao seu pai que Carolina só sairia dali quando estivesse pronta para o casamento. Seu noivo, Dr. Garrido, o qual ela nunca havia avistado, esperaria por ela o tempo que fosse necessário à sua educação, como os costumes da época exigiam.

Amanheceu um lindo dia de primavera. Da noite assustadora só sobrara o colchão e a camisola molhados. O que faria? Perdida em seus devaneios ouviu um barulho. Era a porta que trancada pelo lado de fora estava sendo aberta. Recebeu o olhar frio da governanta:

- Menina! Não vê que o banheiro fica a poucos metros da cama? D. Diogo não vai ficar satisfeito em saber que recebeu uma Maria mijona em sua casa...Trate de se lavar, de se arrumar e se pentear para o café da manhã que não tarda. Você tem quinze minutos para se aprontar e descer ao salão das refeições, pois o café será servido exatamente às 6h30 e seu mentor não suporta atrasos. Apresse-se!

Sentou-se à mesa onde o silêncio se fazia presente. Suas colegas de moradia não se mostraram nem um pouco contentes com sua presença e ela não recebeu nem um sorriso de boas-vindas.

Sentindo enorme desgosto, não pode engolir a refeição. Quando receberam a ordem de levantarem e se dirigirem às aulas, foi-lhe dado um recado de que deveria apresentar-se ao gabinete de D. Diogo imediatamente.

Timidamente adentrou ao escritório, com as faces rubras, já imaginando o motivo de tal consulta.

D. Diogo encontrava-se sentado atrás de sua enorme mesa de madeira negra. As cortinas pesadas, de veludo verde, davam à sala um ar de majestade. Lustres de cristal ornavam e iluminavam o ambiente revestido de um delicado papel de parede. Um tapete grosso revestia o centro da sala aquecendo-a.

Calmamente ele se levantou, pousou sua caneta no tinteiro, dirigiu-se a um canto e ficou observando um quadro na parede enquanto dizia:

- Levante suas saias e abaixe suas calças. Algo de muito estranho ocorreu com o coração de Carolina. Um súbito tremor subiu pelas suas pernas. Com certeza não havia ouvido corretamente a ordem. Não podia ser...

- Cooocomo senhor?

Ele virou-se bruscamente e a fulminou com os olhos e repetiu com a voz já alterada:

- Eu disse para levantar as saias e abaixar as calças!!

Enquanto obedecia a ordem não pode evitar se lançar num choro convulsivo.

- Não lamente minha cara. Ao contrário. Agradeça por ter alguém que se importa com suas atitudes quer ver você uma mulher educada. E agora se curve.

Dirigiu-se à estante, abriu lentamente uma das portas e retirou de lá uma chibata. Arremessou vários golpes naquela bunda antes pálida e virgem.

Quando se sentiu satisfeito chegou bem perto e sussurrou no seu ouvido:

- Espero que não mais molhe o seu colchão e nem deixe de tomar suas refeições. Vista-se e vá para as suas aulas que já está atrasada.

Percebeu o risinho no canto dos lábios das outras meninas e o olhar sarcástico da professora de bordado ao entrar meio mancando na sala. Não pode se concentrar nas lições. Mesmo sua cadeira sendo acolchoada a dor era insuportável e não havia de conseguir parar de chorar por muito tempo. A professora, percebendo a situação, tocou um sininho. Uma empregada apareceu recebendo o bilhete que dizia:

Caro D. Diogo

Não vejo como posso administrar minha aula de maneira a alcançar meus objetivos junto as educandas, tendo em minha classe a presença de uma jovem chorona e desinteressada.

Queira, pois o Sr., tomar providências.

Ass. Dona Gertrudes.

Logo voltava a empregada com ordem de acompanhar a menina até o porão. Lá chegando, retirou todas as vestes de Carolina e abandonou-a na escuridão. Arrepiada de frio e de medo, horas depois, percebeu a entrada de alguém, mas não pode identificar o vulto que se aproximava, até sentir na sua nuca um hálito fresco. Era ele que a rondava e dizia:

- Contenha suas lágrimas nesta casa. Ninguém aqui está disposto a ouvir seu lamurio. E saiba que eu tenho razão quando digo que estas cenas só tendem a piorar as coisas pra você. Estenda suas mãos.

A palmatória veio violentamente ferir-lhe. Gritou desesperadamente ao que, ele lhe tapou a boca. Prefere apanhar na bunda?

Uma gota fria de suor escorreu dos seus cabelos.

Prendeu seus pulsos com uma mão e com a outra desferiu palmadas ardidas nas suas nádegas.

E assim passaram-se os meses. Ela havia aprendido rapidamente a se comportar de acordo com as regras daquele lugar. Mas, dentro de si, mesmo com toda a sua ternura, não podia evitar um fogo que lhe invadia as entranhas, o qual pensava ser rebeldia. Um ardor que lhe subia pelas pernas, um estremecimento do seu ventre, uma umidade íntima, cada vez que avistava o seu tutor ou mesmo quando pensava nele. Era um misto de temor e respeito.

Há muito que ele não lhe dirigia nenhum castigo, o último fora por um acesso que teve ao encontrar Carolina a ler um livro de poesias impróprio para mulheres. Um empregado havia sem propósito guardado em lugar errado a obra.

A menina, mesmo na inocência da proibição, pagou cara a leitura. D. Diogo havia surrado a bunda dela com seu chinelo de couro, deitada em sua cama e despida da cintura para baixo.

A lembrança desta e de outras reprimendas, vinha-lhe todas as noites em forma de suor e de insônia.

Um dia de domingo, após os serviços espirituais, foram todos os moradores da casa a um piquenique num bosque, junto a um riacho perto da mansão. A cozinheira havia preparado quitutes e ajeitado frutas deliciosas para o lanche. Fora a primeira vez que Carolina vira D. Diogo com um sorriso menos rígido nos lábios e apaixonou-se. Daquele dia em diante não o tirou mais dos pensamentos.

Queria se aproximar e quebrar-lhe o gelo. Mas como? Ao ter uma idéia que lhe pareceu boa, não titubeou em aprontar a cena. Durante a aula de ginástica fez-se de adoentada e impotente para os exercícios. Pensou que D. Diogo seria informado e viria salvá-la do distúrbio. Mas qual o quê. No seu lugar chegou o médico, Dr. Custódio, velho e gordo, esbaforido e sem paciência, que mandou levarem-na ao seu quarto.

Em gestos bruscos examinou-lhe a garganta, ouvidos, ventre. Meteu-lhe a mão grosseira pelo corpo, violando suas decências. Mandou pedir uma bacia com água quente e álcool.

Foi com os olhos bem abertos de terror que ela o assistiu a preparar uma enorme seringa de vidro, com uma agulha reluzente e grossa. Tentou dizer-se bem melhor, que não havia necessidade de tal tratamento ao que o velho rabugento nem se deu ao trabalho de responder.

Neste instante D. Diogo entrou no seu quarto, lindo, um príncipe. Com certeza viera tirar-lhe de tal enrascada, mas enganara-se.

Sentou-se em uma cadeira e mandou que Carolina viesse ao seu encontro. Deitou-as de bruços no seu colo acolhedor. Levantou seu vestido e abaixou suas roupas íntimas. Um arrepio percorreu todo seu corpo, um líquido quente saiu pela sua vagina. O ninho era cheiroso e acolhedor, mas o motivo tenebroso.

- Acalme-se minha querida. Fique bem molinha que há de ser rápida a injeção e logo vai se sentir bem.

De relance havia espiado o aparelho cheio de um líquido oleoso, uma gotinha brilhante escorrendo pela agulha e quase desmaiou de medo. O cheiro do álcool no ar e o gelado nas suas carnes, logo após uma picada profunda e uma sensação de estar sendo rasgada por dentro...Tudo isso lhe tirou grossas lágrimas dos olhos. Sentiu-se zonza e não poderia se lembrar de mais nada após estar sendo deitada e coberta por seu amor e de sentir um beijo carinhoso na testa.

No dia seguinte estava refeita do susto e achando que valera a pena afinal. Alimentou seu coração apaixonado por vários dias daquele beijo na testa. Mas logo estava novamente Carolina querendo atenções especiais de D. Diogo. Tentou abordá-lo algumas vezes com exibições de seus trabalhos, mostra de sua cultura adquirida, mas ele apenas respondia com um sorriso apressado.

Foi-se então tornando respondona dos professores, inadimplente com suas obrigações e infiel com suas colegas, pois assim era chamada para levar bronca ou apanhar no gabinete do seu amado. Acabou por se acostumar, pois era a única maneira que achara para atrair-lhe a atenção.

Já havia apanhado de chinelo, chicote, vara, já havia ficado de castigo olhando para a parede, de joelhos no milho, trancada no quarto. Mas longe de qualquer outro castigo, ela gostava mesmo era de levar palmadas na bunda. Doía muito é claro, mas desta forma ela invariavelmente apanhava deitada confortavelmente no seu colo macio.

Por outro lado, D. Diogo desesperava-se. Nada surtia efeito na educação daquela menina faceira, doce, porém indisciplinada ao extremo. Seu pai já havia sido chamado. Interrogado dissera que desconhecia tal comportamento em sua filha.

Resolveu chamá-la então para uma conversa.

- Não queria mais bater em você, mas não lhe compreendo.

Ela em pé, com as mãos entrelaçadas frente ao corpo, cabeça baixa. Ele andando silenciosamente ao seu redor, com a chibata na mão. Ambos pensativos e com a respiração ofegante.

- Carolina, meu anjo mau, responda-me. O que devo fazer para que se corrija? Como posso receber da sua parte um comportamento decente? Fale!!! Hei de devolvê-la ao seu pai, irmãos e noivo sem conseguir educá-la? Vai me fazer passar tal vergonha?

Ela não se atreveu a responder, ele estava realmente irado e ficou com medo. Um alarme soou dentro dela. Não poderia supor ser expulsa da companhia do homem que amava.

- Fique de quatro no tapete.

Curvou-se disposta a apanhar pela última vez e comportar-se dali em diante. Ele bateu com todas as forças. Ela percebeu que muita diferença havia naquela surra. Todas as outras doeram, mas não lhe feriram. Ele estava realmente possuído de uma raiva que ela desconhecia. Gritou, pediu clemência, piedade, mas ele continuava a bater-lhe com fúria. Fazia promessas inúmeras e ele não cansava.

Só parou quando rasgou as vestimentas com o açoite e arrancou sangue das suas costas. Abandonou-a ali mesmo, chorando, suando e sangrando no tapete.

No dia seguinte estava sinceramente arrependida do seu comportamento e comprometida com mudanças. Recebeu tratamento com salmoura nos seus ferimentos, mas nada lhe doeu mais do que saber que D. Diogo havia partido em viagem longa sem se despedir.

Foram dois meses de obediência total aos seus responsáveis. Era outra moça, muito boa, porém triste.

Quando num dia muito frio ele retornou, ela recebeu-o junto com as outras moças e os serviçais, enfileirada, com lágrimas escorrendo pela sua face.

Muita saudade havia sentido e sem mais se reprimir, ajoelhou-se aos seus pés gritando:

- Bata-me! Arranque-me sangue, mas nunca mais me deixe.

Surpreendido mandou que todos se retirassem e levantou-a.

- O que é isso menina? O que significa tal escândalo logo na minha chegada?
- Morro de amor por você.
- Mas que atrevimento. Vou devolvê-la hoje mesmo ao teu pai.
- Não! Eu me mato na tua ausência!
- Pare com esta blasfêmia.
- Faça o que quiser, mas não me deixe.

Ele não mais se conteve. Fora viajar a pretexto de negócios, mas na verdade não podia mais suportar a verdade. Aquela aproximação que tinha com Carolina por causa dos castigos era para ele maior castigo do que dava a ela. Tinha na verdade vontade de rir das suas imprudências e de abraçá-la cada vez que aprontava alguma peraltice. Nutria por ela um carinho enorme, que muito cedo se transformara em paixão e desejo. Naquela noite, após açoitá-la quis fazer os curativos e dizer-se arrependido, beijá-la e por pouco não o fez. Fugiu então para se abrigar na distância.

Agora mediante aquela declaração só havia uma coisa a fazer. Puxou-a pelo braço até a sua sala, ela já se preparando para apanhar, quando ele abraçou-a com fervor e deu-lhe o beijo afogado tantas noites no travesseiro.

Casaram-se enfim. Dr. Garrido, seu ex-futuro marido assistiu a cerimônia pasmo.

Carolina muitas vezes desobedeceu a seu marido, merecendo assim muitas palmadas, ao que se seguiam horas de luxúria e prazer.

By Yara


(Esse conto da Yara é o meu favorito dela. Ele estava perdido, mas acabei achando ele por acaso. Acho que é o único que se salvou, dos quase 20 que a Yara escreveu, mas fico feliz, porque é o melhor).

Sunday, March 11, 2018

O QUARTO ESPECIAL (Conto da Ana F.)

Fábio e Betina estavam de casamento marcado, mas ele estava cheio de dúvidas se realmente era o que queria e resolveu abrir o jogo com ela:
- Bê, gosto demais de você, mas não gosto do seu mau comportamento. Você é estressada demais e só esta semana tratou com falta de respeito os seus pais, a balconista do supermercado e a minha tia Laura.
- Ah, Fábio, a sua tia Laura é uma bruxa disfarçada de gente. A moça do supermercado errou meu pedido 3 vezes e você não tem nada a ver com como eu trato a minha mãe e o meu pai!
Fábio suspirou fundo e falou:
-Betina, você é uma boa namorada, é fiel e sei que gosta de mim. Também é uma ótima veterinária, todos elogiam o seu trabalho, mas reclamam da sua rispidez e da sua falta de educação. Até comigo você vive dando chilique e eu não tenho mais paciência pra isso.
-Você tá terminando comigo, Fábio???????? Faltam três meses pro casamento e você me vem com essa??? Eu sempre fui assim, nunca te enganei! E fique sabendo que você vai ter que pagar tudo o que já gastamos com a festa em dobro, ouviu, cretino canalha filho da puta desgraçado!
Fábio suspirou, muito decepcionado com o escândalo de Betina.

- E ainda por cima tem boca suja!!! Não sei onde eu estava com a cabeça quando achei que seria feliz casando com você!
Arrependida, Betina se ajoelhou no chão e implorou:
- Me perdoa, amor! Eu fiquei nervosa... você sabe que eu não sei me controlar. Mas prometo que se você ficar eu vou melhorar aos poucos...
Fábio olhou a namorada ajoelhada e viu sinceridade nela. E como sabia que ela tinha muitas qualidades, resolveu dar mais uma chance.

- Betina, na minha família não há tolerância com falta de educação. Aliás, se vamos mesmo nos casar você precisa me conhecer melhor.
- Mas a gente já se conhece bem, meu querido! Sou tão feliz com você!
Fábio a ajudou a se levantar e, delicadamente, a conduziu até a sala de música, local do apartamento em que ele de vez em quando ia pra relaxar.
- Se vamos nos casar, Betina, você precisa saber que isso não é uma sala de música. E que em todas as casas da minha família tem um quarto como esse. Você sabe o que ele tem de especial?

-Sei, amor, tem paredes bem grossas que foram construídas para que a gente possa tocar vários instrumentos e até bateria sem perigo de atrapalhar os vizinhos porque o barulho não escapa, não é isso?

Fábio achou graça da explicação dela, puxou-a pra dentro e fechou a porta.

- Quase isso, Bê. Você pode chama-lo de quarto especial. Quando eu me sinto muito estressado venho aqui e toco bateria, violão, piano ou ligo o karaokê e canto bastante. Saio daqui super zen, de bem com a vida, sendo educado e gentil com as pessoas ao contrário de você. Ou aproveito o silêncio pra estudar, pra ler algum livro ali na cama e saio daqui revigorado e desestressado, mas pra você nós vamos usar um método mais eficiente...

- Como assim, querido? Você sabe que eu não tenho dom pra tocar instrumento musical... e não sei cantar bem feito você!
- Não sabe cantar, Betina, mas sabe gritar com os outros muito bem, não?
Ele foi até o armário, pegou um embrulho de presente e se sentou na cama. Olhou pra ela e falou, pausadamente:
- Você tem muitas qualidades, Betina, mas não tem autocontrole, é mal educada, estourada, estressada e grita demais. Eu perdi a minha paciência com o seu mau comportamento e só vou aceitar continuar com você se me deixar te disciplinar.

- Como é que é????? Como assim vai me disciplinar????
- Vai ser pro seu bem, Bê. Você vai tirar a roupa e deitar de bruços aqui no meu colo. Vou começar com palmadas, vou bater na sua bunda com força até a minha mão doer. Vai ser muito educativo.
- Como assim??? Você tá louco???
- Pensa bem, Bê. É o único jeito da gente não cancelar o casamento. Se você não quiser eu vou entender, mas vou ter que terminar tudo e cada um vai seguir a sua vida. Mas se você vier, vai ser bom pra você. Você vai poder gritar, chorar, colocar toda a sua raiva e o seu stress pra fora. Pode tudo menos xingar, porque eu não aceito casar com uma mulher de boca suja, ok? Vem! Vai doer, mas vai te fazer muito bem!

Betina ficou sem reação. Nunca tinha apanhado em toda a sua vida. Sentiu-se humilhada. Mas, se não aceitasse a punição perderia o noivo. Resolveu experimentar. Se fosse insuportável, era porque o casamento não deveria mesmo acontecer e eles terminariam tudo. Resignada, tirou o vestido, baixou a calcinha e se deitou no colo de Fábio.

- Não se preocupe: eu só bato na bunda. Vai doer bastante, mas não tem perigo de machucar você.

A primeira palmada foi muito mais forte do que ela esperava. Gritou de susto. Aí vieram a segunda, a terceira, a quarta... ele batia com a mão aberta, cada vez mais forte, sem dar tempo para ela respirar.

PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT!
-Ai, seu puto desgraçado! Tá doendo muito!

Fábio ficou vermelho de raiva, parou de bater e falou:
- Eu ia pegar leve porque é a sua primeira vez, mas a sua boca suja me tira do sério! Você vai apanhar tanto que nunca mais vai ter coragem de falar palavrão, ouviu? Vai levar uma surra inesquecível!
E recomeçou a bater, com toda a força:
Toma! PLAFT! Você vai aprender na marra! PLAFT! PLAFT! PLAFT! Sua mal educada! PLAFT! PLAFT! PLAFT! Vai parar de ser grossa por bem ou por mal! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! Toma! PLAFT! Toma! PLAFT! PLAFT! PLAFT! Sua boca suja! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT!
Assustada, Betina tentou apanhar em silêncio pra ver se a surra acabava mais rápido, mas parecia que a mão dele estava cada vez mais pesada e a raiva dele só aumentava:

Toma! PLAFT! Ai! PLAFT! Uf! PLAFT! Ui!!!!! PLAFT! Ai, ai, ai! PLAFT! Tá doendo!!!!! PLAFT! É pra doer mesmo! PLAFT! Ai!!!!!!!! PLAFT! PLAFT! Fica parada, senão eu bato mais forte! PLAFT! Não tô aguentando! PLAFT! Vai ter que aguentar! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! Aaaaaaaaaaaaaaaaaaah! PLAFT! PLAFT! PLAFT! Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT!
- Para, Fábio! Chegaaaaa!

Em vez de parar, ele começou a dar palmadas ainda mais fortes:
Toma! PLAFT! Aaaaaaaaai! PLAFT! Hã... PLAFT! Ai, ai, ai.... PLAFT! Pelo amor de Deus... PLAFT! Ui!!! PLAFT! Para!!!!!!!!!!!!! PLAFT! Por favor... PLAFT! Só paro quando você aprender! PLAFT! Eu já aprendi! PLAFT! Oh!!!!!!! PLAFT! Ai!!!!!!!!! PLAFT! PLAFT! Minha bundinha... PLAFT! Ui!!! PLAFT! Aaaaaaah! PLAFT! PLAFT! PLAFT! Já tá bom! PLAFT! PLAFT! PLAFT! Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah!

- Isso mesmo! Grita agora! Grita tudo o que tiver que gritar agora! Quero que saia daqui uma lady zen, está me escutando? Nunca mais você vai ser mal educada com ninguém!
Betina, com o rosto molhado de lágrimas, implorou, soluçando:

- Eu já aprendi a lição, amor, nunca mais vou ser grossa com ninguém... mas para! Chega!

- Quem decide a hora de parar sou eu! Eu quero que você ponha toda a sua agressividade pra fora agora, mas sem xingar. Grita tudo o que tiver que gritar! Você vai aprender a dar valor ao meu jeito gentil, vai aprender a ser bem educada com as pessoas também!
PLAFT! Não, Fábio! PLAFT! Nããããããããããão! PLAFT! Ai, ai, ai.... PLAFT! Ai!!!! PLAFT! Ui!!! PLAFT! Chega!!!! PLAFT! Por favor... PLAFT! Ai, minha nossa senhora!!!! PLAFT! PLAFT! PLAFT! Vai mais devagaaaaaaaar! Ai! Ai! PLAFT! Uf! PLAFT! PLAFT! Ui!!!!!! PLAFT! Aaaaaaah! PLAFT! Oh! PLAFT! PLAFT! Ai! PLAFT! Paraaaaaaa!! PLAFT! PLAFT! Aaaaaaaaaaaaaaaaaah! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! Paraaaaaaaaaa, desgraçado filho duma puta!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Fábio parou. Betina mordeu a língua, arrependida de ter deixado escapar outro xingamento. Ele pegou o embrulho de presente e mandou:
- Abre!

Ainda de bruços, deitada no colo dele, Betina rasgou o embrulho e viu que era um par de chinelos tamanho 44. Ela se desesperou! Se a bunda já estava em brasa com as palmadas, como ia suportar as chineladas?

Fábio arrancou o pacote da mão dela e passou alguns longos segundos esfregando delicadamente o chinelo novo sobre as nádegas de Betina, como se fizesse uma carícia. Depois de um tempo começou a falar, com muita raiva na voz:
- A sua surra estava quase acabando... Eu nunca vi alguém fazer tanto escândalo por causa de umas palmadinhas... Mas, tudo bem, este quarto não tem janela e tem paredes feitas especialmente para que a gente possa fazer o barulho que quiser aqui dentro, até guitarra dá pra tocar... E já que era a sua primeira vez eu ia relevar e nós íamos ficar só nas palmadas mesmo, Betina, mas você não aprendeu. Parece que você gosta é disso, né? De fazer escândalo, de ser grossa, de ser descontrolada, de xingar as pessoas. Estou muito decepcionado, mas vou te dar mais uma chance. Você levanta agora e a gente desmancha esse noivado ou fica no meu colo e aguenta as chineladas. Se você se levantar nós vamos nos separar de vez e eu nunca mais vou querer saber de você e da sua boca suja. Mas, se você ficar e suportar a surra até o fim, eu vou entender que quer melhorar e não consegue e vou ajudar você. Qual é a sua escolha?
Betina respirou fundo, preocupada com a decepção que sentiu na voz dele. Ele tinha razão, ela fazia drama demais, xingava demais, não conseguia se controlar... Mesmo com a bundinha ardendo muito, não queria perder um noivo tão bom:
- Eu vou ficar, Fábio. Não quero perder você...
Ele não respondeu. Posicionou o chinelo e começou a bater, com muita, muita, muita força:

Toma! CHLEPT! Toma! CHLEPT! Toma! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! Oh! CHLEPT! Aaaaaaah! CHLEPT! Toma! CHLEPT! Aaaaaaai! CHLEPT! Toma, sua boca suja! CHLEPT! Oh! CHLEPT! Ug! CHLEPT! Toma! CHLEPT! CHLEPT! Aaaaaaaaaaaaaah! CHLEPT! Agora aguenta! CHLEPT! Ai!!!!!! CHLEPT! Vou descontar toda a minha raiva nesta sua bunda! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! Aaaaaaaaaaaaaai!!Toma! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! Toma! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! Aaaaaaaaah! CHLEPT! Toma! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! Tá doendo!!!!! CHLEPT! É pra doer!!!! CHLEPT! Uf! CHLEPT! Toma!!! CHLEPT! Toma! CHLEPT! Toma! CHLEPT! Ai, ai, ai, minha bundinhaaaaaaa! 
CHLEPT! Toma! CHLEPT! Aaaaaaaaai! CHLEPT! Toma mais! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! 
Toma, boca suja! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! Ai, meu Deus do céu! CHLEPT! CHLEPT! Aaaaaaaaaaaaaaaaaaah CHLEPT! Toma! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! Agora aguenta! CHLEPT! CHLEPT! Aaaaaaaaaaaaaaaaaaah! CHLEPT! Ui! CHLEPT! Toma, boca suja! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! Ai, meu Deus do céu! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! 
Agora aguenta! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah!
Ele parou. Largou o chinelo. Betina chorava muito. Ele esperou ela se acalmar e falou:
- Dessa vez você não me xingou. Tá começando a aprender! Vamos finalizar por hoje e observar o seu comportamento, ok? Vou dar só mais dez palmadinhas pra você contar e treinar o autocontrole e...

- Mais dez, puta que pariu! - ela berrou!

Ele deu um suspiro triste.
-Você é difícil, Betina. Eu não admito palavrão! Alguma vez você já me viu xingando alguém?

- Não, amor... você é sempre educado... eu também sou... é que escapuliu... Me perdoa, por favor!
- Você pede perdão, mas não conserta o erro!
Ele respirou fundo e recomeçou:

- Vou te dar mais uma chance de a gente acabar com isso logo. Só mais 10 palmadas. Você vai contar e agradecer cada uma:
PLAFT!
Ui... um!!! Obrigada!
PLAFT!
Uf! Dois! Obrigada!
PLAFT!!!
Ai, que mão pesada! Três! Obrigada!
PLAFT!
Hunf! Quatro! Obrigada!
PLAFT!
Caralho... desculpa! Cinco! Obrigada!
PLAFT!
Ui!!!! Seis! Obrigada!
PLAFT!
Seeee-te! Ai! O-bri-ga-da...
PLAFT!
Oi-oi-toooooooo... Ugh! obrigadaaaaa!
PLAFT!
Noveeeeeeeeee! O-bri-ga-da!
PLAFT!!!!!
Dez! Acabou, porra! Obrigada!!!!

- Olha a boca suja, Betina!

- “Porra” não é palavrão, querido...

- É, sim!!!!! Você não aprendeu ainda?
-Aprendi! Aprendi! Não me bateeeeeeee! Puta que pariu, não me bate mais... desculpa, desculpa, escapou, estou muito descontrolada por causa da dor, mas agora vou melhorar, prometo...

Betina tentou levantar mas Fábio não deixou. Pegou o chinelo de novo. Sentiu pena da bunda dela, que estava muito vermelha, mas tinha que ir até o fim.

- Mais uma vez você xingou, falou palavrão e não se controlou, Betina! A surra tinha terminado, mas a sua boca continua suja, que pena. Vamos recomeçar.

Betina começou a chorar alto. Sem piedade, Fábio segurou o chinelo com firmeza e bateu com toda a sua força:
Toma! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! Toma! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! Buáááááaááááááááá! Toma! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! Toma! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! buáááááááááaááááá!!!!!!! Toma, boca suja! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! Toma! CHLEPT! Toma! CHLEPT! Toma mais! CHLEPT! Aaaaaaaaaaaaaah! Buááááááááá! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! Toma! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! Você mereceu! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! Nunca mais vai falar palavrão! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! Buááááááááááááá! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! Agora aguenta! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! Toma!!!!!!!!!!! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! Toma! CHLEPT! Toma! CHLEPT! Toma! CHLEPT! Toma! CHLEPT! Toma! CHLEPT! Vou bater mais forte! Buááááááááááááá! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! Buááááááááááááá! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! Toma!!!!!!! CHLEPT!CHLEPT! Toma!!!!!!!! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! CHLEPT! Buáááááááááaáááááááááááááaáááááááááááááaááááá

Ele parou. Deixou Betina chorando de bruços muito tempo e voltou com uma pomada anti-inflamatória e passou na bundinha dela com delicadeza.

Ardeu muito e ela gritou:
-Aaaaaaaaaaaaai!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

-Calma, Bê. Isso é pra sarar mais rápido... calma... a sua surra já terminou! Você aguentou muito bem!

Ele espalhou a pomada anti-inflamatória tão cuidadosamente em toda a bundinha, que ela adormeceu. Acordou só no dia seguinte. A dor tinha parado, só estava ardendo um pouco. Fábio trouxe um café da manhã reforçado.

Ela se sentou na cama para comer, mas viu estrelas:
- Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaai!
- Vai doer pra sentar mais alguns dias, amor, mas logo passa... não ficou machucado, só vermelho. Você fez esse escândalo todo porque nunca apanhou... Toma o seu café. Depois do seu banho vou passar mais pomada...
Betina sentiu incômodo pra sentar e dor na bundinha por quase um mês. Depois sarou completamente . Continuaram os preparativos para o casamento. Um mês antes do grande dia, Fábio a chamou para conversar:

-Betina, você tem se comportado muito bem! Se continuar assim, só vamos usar o quarto especial pra ouvir música alta e cantar no karaokê!
Ela sorriu um pouco sem graça. Tinha gostado de apanhar. A surra a ajudou a colocar para fora todo o stress e o mau humor que sentia. E apesar de ter doído muito... ela tinha gostado.

Ele continuou:
-A gente vai passar a lua de mel em Portugal. Acho bom você continuar assim, porque eu não quero me arrepender deste casamento, ouviu bem?
O casamento foi lindo e a lua de mel foi perfeita. Visitaram lugares lindos e ficaram hospedados num hotel belíssimo. Fábio, como sempre, era muito gentil e carinhoso com ela. Mas, quando voltaram ao Brasil, ela começou a sentir falta de alguma coisa. Voltou a ser ríspida e mal educada com as pessoas

Um mês depois da lua de mel, depois de um dia difícil no trabalho, a tia chata do Fábio bateu a campainha e falou que tinha vindo dar um abraço neles, pois ia viajar por algumas semanas.
Fábio estava no banho. Sem paciência, Betina mentiu:
- Ele ainda não chegou, tia Laura.

- Tudo bem, minha querida. Eu vou chamar um táxi. Você me empresta o celular?

- Deixa que eu chamo um Uber! Com a sua lerdeza o táxi vai demorar séculos!

Tia Laura se despediu e avisou que esperaria o carro na portaria.

- Já vai tarde, velha chataaaaaaaaa!!!!! – Exclamou Betina depois que a tia saiu.

Mas quando voltou para a sala, se assustou ao ver o marido furioso. Ele tinha escutado tudo do banheiro.
- Eu estava sem paciência para as longas histórias da sua tia, me perdoa, amor, me perdoa!
- Eu vou perdoar o seu deslize, Betina, porque amo muito você e porque você se comportou como uma verdadeira dama nos últimos meses. Mas parece que eu fui bonzinho demais e você já esqueceu a surra?

- Não, querido... Foi só hoje, é porque eu tive um dia estressante hoje e...

- Eu também trabalho o dia todo e nem por isso fui grosso com ninguém! Ah, Betina, prepara a sua bunda porque ela vai sofrer muito! Você não vai conseguir sentar direito por muito tempo, tá me escutando???? Eu não vou ter dó da sua choradeira desta vez, entendeu?! Você vai levar a pior surra da sua vida!!!!!!!!!

Betina sentiu o coração acelerar. Sem coragem para argumentar, caminhou lentamente até o quarto especial. Ele entrou logo em seguida, furioso, bateu a porta com força e sentou-se na cama. Ela sabia que ia doer, mas estava muito feliz...

FIM