Monday, July 02, 2012

OS ANJOS DA GUARDA NO MUNDO DOS SONHOS

O seminário para moças Apocalipse fica numa antiga fazenda e longe de qualquer cidade ou vila. O isolamento total é considerado conveniente para educar moças que serão pastoras na Igreja X (não temos permissão para dizer o verdadeiro nome dessa Igreja). A Igreja X prepara seus pastores com muita severidade. Todos somos pecadores e todos temos que lutar contra o pecado, diz a Igreja X. No caso dos pastores, porque eles têm maior responsabilidade, as tentações são maiores e por isso eles têm que ser preparados com mais severidade.

Alguns anos atrás, estudava nesse seminário uma moça chamada Anne de la Princesse (também não é o verdadeiro nome dela, todos os nomes nessa história são inventados). Ela tinha entrado no seminário no começo da adolescência. Até os 18 anos, ela recebia visita dos pais e dos parentes próximos. Depois da maioridade, teve permissão também para viajar com a família.

Depois da primeira viagem, Anne procurou a diretora do seminário.

- Senhora diretora...
- Sim, Anne?
- Tenho que contar uma coisa.
- O que?
- A senhora sabe, eu viajei com a família, e...
- E o que?
- Eu tive... tentações.
- Bem, Anne, é normal termos tentações nesse mundo. Temos que tentar lutar contra elas.
- Eu sei, senhora diretora, mas às vezes é difícil.
- Mas temos que lutar, Anne.
- Sim, senhora.
- Diga-me, Anne, como vêm as tentações?
- Elas vêm... em sonhos.
- Você sonha que está atraída pelo pecado, não é?
- Sim.
- Você sonha que está diante da tentação, tímida e envergonhada, mas também excitada, não é?
- Sim... como a senhora sabe disso?
- Porque eu também tenho sonhos assim... as tentações nunca deixam de nos perseguir. Mas ouça, não é por isso que devemos deixar de viver no mundo. Mesmo tentadas, temos obrigação de viver no mundo e procurar fazer o bem.
- Sim senhora, mas... como a senhora faz para resistir as tentações?

A diretora ficou um pouco envergonhada, olhou para os lados, como se tivesse medo que mais alguém ouvisse, pensou um pouco, e então disse:

- É que, se você rezar muito, vem um anjo te ajudar a superar as tentações.
- Um anjo?
- Sim.
- E como ele virá? Quando? Em sonhos ou na vida real?
- Quando ele vier, você saberá. Olha, é melhor não falar muito nisso.
- Sim, senhora.
- E também, tente resistir sozinha as tentações, entende?
- Sim, senhora.

Anne saiu do encontro curiosa. Como seria esse anjo? Ela pensou nisso o dia inteiro, enquanto estudava para os exames e depois, enquanto fazia as orações, antes de dormir. Ainda pensava no anjo, quando afinal dormiu.

Naquela noite Anne sonhou que estava de biquíni numa praia. Era o sonho recorrente, ela tinha o mesmo sonho desde que tinha ido a uma praia com a família, e logo depois começara o que ela e a diretora chamavam tentações: vários homens belos de sunga na praia, olhavam para Anne de biquíni, e ela era a única mulher. Anne cobria o corpo com as mãos, porque mesmo de biquíni ela tinha muita vergonha de tantos olhares atentos. Mas ela também sentia uma espécie de prazer por seu corpo ser tão desejado e admirado por tantos homens. Ela sabia que isso era errado, e por isso ficava triste. As emoções de vergonha, tristeza e prazer se misturavam em sua alma nesse sonho da praia, e isso a perturbava. Quase chorando, Anne olhou para o céu e pediu:

- Ai, valei-me anjo da guarda, venha me salvar de tanta tentação.

Então, no sonho, uma nuvem desceu do céu e suavemente pousou diante de Anne. A nuvem se dissolveu e dela veio um homem vestido de branco, alto e forte, com grandes asas brancas. Ele a pegou no colo e a levou para uma outra praia, onde não havia mais quem olhasse Anne.

- Você é meu anjo da guarda?
- Sou, e vim dizer que você deve lutar contra as tentações. Os olhares que te perturbam não teriam nenhum efeito sobre você, se você não estivesse se sentido atraída por dois pecados, a vaidade e a luxuria.
- Mas não, Anjo, eu sou uma moça séria.
- Você pode negar que gosta de se sentir desejada? Mesmo que você tenha vergonha e medo, você pode negar que não sente nenhum desejo carnal?

Anne pensou um pouco. Depois, falou:

- Não, eu não posso... mas toda moça normal sente algum desejo de vez em quando, mesmo que seja uma moça séria, não sente?
- Esse é o problema, Anne. Você será pastora. Você tem obrigação de ser melhor que as moças normais, que não serão pastoras. Eu sei que você tem necessidades carnais, por isso você poderá se casar. Mas até isso acontecer você deve se conter. Todas as moças devem se conter, mas no caso das moças que serão pastoras a obrigação é maior.
- Mas você irá me ajudar?
- Sim.
- Como?
- Te dando disciplina, Anne.

Anne de la Princesse ficou intrigada – e ao mesmo tempo um pouco assustada, como se imaginasse o que o anjo queria dizer com disciplina. Será que era o que Anne estava pensando? Ela também sentia um arrepio estranho em seu bumbum...

- Mas que tipo de disciplina?
- Nós vemos vocês como crianças, pequena Anne. Por isso, a disciplina é como a disciplina que costumam dar a crianças.

O arrepio no bumbum de Anne aumentou, e instintamente ela cobriu o bumbum com as mãos. Anne sentiu a pele de seu bumbum, que se tornara muito sensível, pois ela ainda estava de biquíni. Tentando encarar o anjo com seriedade, Anne disse:

- Anjo, eu agradeço sua intenção, agradeço por ter me tirado daquela praia, mas eu espero que você não esteja falando do que eu estou pensando – se você sabe no que estou pensando.
- Eu sei o que você está pensando, Anne, e sim, é disso mesmo que estou falando.

O anjo andou para ela, com intenção de pegá-la e botá-la no colo de bruços. Anne andou para trás, e disse com voz ultrajada:

- Não se atreva a fazer isso! Eu não quero e não admito! Nem que você seja o anjo mais poderoso do universo eu te deixarei fazer isso que você quer fazer, anjo. Eu já sou uma moça adulta e não admito ser tratada como menininha! Nem tente!

Anne não ousava dizer a palavra “palmadas”.

Balançando a cabeça, o anjo da guarda disse:

- Vejo mais dois pecados: orgulho e ira. Você pode não achar bom agora, Anne, mas tenha certeza que as palmadas serão para o seu bem e vão te melhorar.
- NÃO!

Anne se virou e tentou correr o mais rápido que pode, mas um anjo é mais veloz que um carro de formula 1. Antes mesmo que Anne desse completasse um passo ele já estava com ela no colo, sentado em uma rocha à beira da praia.

O anjo então deu a primeira palmada, PLAFT, enquanto Anne tentava escapar. As palmadas desciam bem forte na pele do bumbum que a parte de baixo do biquíni não podia proteger, Anne esperneava, esbracejava e protestava.

- PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT...
- Pare, pare com isso, eu... eu... não, pare! Pare! Ai ai ai!

E as palmadas continuavam, com o anjo indiferente aos protestos de sua protegida. Os dedos deixavam marcas vermelhas na pele do bumbum de Anne. O anjo olhava para o bumbum liso e redondo de Anne, um bumbum muito bonito, para distribuir bem as palmadas que deveria dar.

- PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT...
- Pare! Pare! Ai ai, anjo! Pare com isso, eu não sou menina! Pare!

O anjo de repente parou, mas só para perguntar:

- Quer que eu pare, Anne? Então repita comigo: “Tenho minha consciência limpa e não preciso mais de palmadas para me corrigir”!

Anne tentou repetir o que o anjo dissera, mas ela não conseguia ordenar a frase:

- Te... ten... tenho... eu tenho... bumbum... NÃO! Não é isso, eu tenho... eu tenho que apanhar... NÃO, NÃO TENHO A CONS... não é, não é, eu...
- Está vendo? Você não consegue mentir aqui e sua consciência sabe que você precisa de palmadas. Então, vamos continuar, não acha melhor terminar logo com isso? PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT...
- Pare, pare por favor... eu vou falar, eu não tenh.. NÃO! Eu tenho que apa... NÃO! Eu ten..

Mas Anne não conseguia repetir as palavras do anjo, sua boca realmente não conseguia falar as palavras que o anjo pedira para ela repetir. Então, chorando, ela falou:

- Eu sei que sou uma pecadora, eu sei que mereço essas palmadas por ser uma pecadora... mas eu vou me corrigir, perdão, por favor, perdão, ai ai... por favor...
- Repita as palavras agora, Anne.
- Ai, ai... Tenho minha consciência limpa e não preciso mais de palmadas para me corrigir... ai...

O anjo então terminou a surra, tirou a moça do colo e desapareceu. Agora, Anne estava na praia, sozinha, a pensar na lição que tinha aprendido...

- Não vejo mais aquelas tentações... será que não é porque agora minha consciência está realmente limpa?

Então, Anne acordou. Não estava mais na praia de biquíni, e sim na cama de camisola.

- Ai, ai ai... que sonho mais doido, o que me passou... ainda bem que foi só um sonho, ai ai... AIIII...

Anne tinha se sentado na cama, e sentiu uma enorme dor no bumbum quando se sentou. Deitou de novo, tentando não encostar o bumbum na cama. Mas não tinha sono, olhou o relógio, e já era mesmo quase hora de acordar. Ela não queria apanhar também por preguiça, além de luxuria, ira, vaidade e orgulho, então se levantou de vez e foi logo tomar banho, o que seria até bom, porque teria mais tempo para passar um olhinho em seu bumbum.

Por mais de um mês não aconteceu mais nada de especial com Anne. Sua rotina de estudos, orações e serviços para a Igreja permanecera como antes, e ela se sentia aliviada, de fato conversava com os homens da família e até com os amigos deles sem sofrer as tentações que antes a incomodavam, e ela se sentia bem com as pessoas.

Anne falou disso com a diretora do seminário, que suspirou e disse:

- Sim, Anne, realmente... quando um anjo nos visita em sonhos, ficamos mais tranquilas, mais livres das tentações...

Essa paz de Anne durou mais ou menos dois meses. No seminário, era fácil manter a mente pura, pois ela estava isolada do mundo, como convém a uma seminarista. Mas fora do seminário, quando ela visitava a família e passeava, e se divertia, as tentações voltavam, devagar mas firmemente, penetrando sua mente aos poucos, como uma consequência inevitável da vida moderna, onde a televisão, as ruas, as praias e as revistas, os jornais, tudo enfim onde coubesse publicidade e consumismo, tudo tinha, de um jeito ou de outro, alguma tentação, um estimulo para algum pecado. E assim, Anne acabou por voltar a ter sonhos onde passeava numa praia, e jovens e belos homens de sunga, representando as tentações, olhavam com desejo para Anne de la Princesse. Esses sonhos a perturbavam, e também a excitavam, excitação que aumentava a perturbação, pois Anne sabia, no intimo, embora fosse apenas em sonhos, isso não acontecia na vida real, que seus sentimentos eram perversos e errados.

Anne acabou por entender que não suportava mais essas tentações e rezou de novo, mesmo sabendo que apareceria um anjo em seus sonhos e o que o anjo faria. Assim, ela deitou-se e, pouco tempo depois, voltou a sonhar. Estava na praia, uma bela praia, e passeava de biquíni, sendo vista por vários rapagões que a desejavam, e ela se sentia muito envergonhada. De repente, percebeu outra mulher de biquíni. Isso a deixou curiosa, pois ela costumava ser a única mulher na praia em seus sonhos. Anne se aproximou, e levou um susto, pois a outra mulher era justamente a diretora do seminário, uma senhora com pouco mais de quarenta anos mas ainda assim com um belo corpo. Surpresa, Anne disse:

- Senhora diretora!?!
- Ah, oi Anne.
- Mas... a senhora...
- Como eu disse, eu também sofro tentações, e temos que resistir a elas.

Então, os homens de sunga as rodearam, e eram centenas, talvez mais, e olhavam para elas com muito desejo, o que fez as duas mulheres tremerem de medo, de vergonha e ao mesmo tempo de excitação.

- Temos que resistir as tentações, mas às vezes é difícil... eu creio que rezamos ao mesmo tempo e fizemos o mesmo pedido, que nossos anjos nos ajudassem...
- Sim, senhora diretora.
- Bem, precisamos deles, temos que admitir...

Os homens de sunga se aproximavam cada vez mais, e as duas sentiram que precisavam de ajuda angelical para se protegerem, por isso disseram ao mesmo tempo:

- Valei-nos, Anjos da Guarda.

E no instante seguinte a praia estava vazia, exceto por dois moços belos, de túnica e asas brancas.

- Senhora diretora, um desses moços é... meu anjo.
- O outro é o meu, Anne.

E um dos anjos falou:

- Vocês não têm resistido com força bastante às tentações.
- Sim – disse o outro anjo – as tentações estão te perturbando em sonhos, porque vocês não conseguem reprimir seus desejos.
- Eu... desculpem, eu... - dizia a Diretora – eu tenho tido desejos, sim, porque um homem de quem eu gosto muito me pediu em casamento, eu vou ser noiva, e as tentações que eu tinha reprimido voltaram...
- E você, Anne, qual é a sua desculpa?
- Eu acho que é porque estou na flor da idade, ainda sou muito jovem... os hormônios me perturbam, entendem?
- Vocês podem dizer que são capazes de resistir as tentações sem necessidade de serem disciplinadas?

As duas tentaram falar, mas não conseguiam, gaguejavam.

- Então – disse um dos anjos – teremos que agir.

As duas tentaram recuar um pouco, mas era inútil, antes mesmo que o som das palavras do anjo terminasse de chegar ao cérebro delas Anne e a Diretora já estavam deitadas nos colos de seus anjos da guarda, prontas para umas boas palmadas em seus bumbuns mal protegidos pelas calcinhas dos biquínis.

- PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT...

Anne, que se achava velha demais para apanhar como criança, se sentia humilhada com a surra, mas também espantada que a diretora, uma senhora de mais de 40 anos, ainda precisasse de boas palmadas no bumbum.

- PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT...

As duas sabiam o que precisavam falar, mas a frase não saia, elas tentavam falar mas apenas gaguejavam

- Eu... PLAFT eu tenho... PLAFT a minha... PLAFT Eu tenho... PLAFT ai, ai ai, por favor... PLAFT PLAFT PLAFT...

E, no final, Anne e a diretora disseram as palavras mágicas, que terminaram com a surra:

- Ai, ai... “Tenho minha consciência limpa e não preciso mais de palmadas para me corrigir”! AI AI AI!

Os anjos afinal pararam e deixaram as duas mulheres em pé. Elas logo começaram a esfregar os bumbuns vermelhos por causa das palmadas recebidas.

- Aqui no mundo dos sonhos nós só podemos falar que temos a consciência limpa se nossa consciência está realmente limpa, Anne. E nós devemos levar palmadas e mais palmadas até nossa consciência afinal ficar limpa. Por mais que tentemos, não somos capazes de mentir para os anjos da guarda. E a surra sempre acaba na hora de acordarmos, pois no mundo dos sonhos o tempo é relativo.

E, de fato, Anne acordou no instante seguinte. Ela se viu em seu quarto pequeno mas bem arrumado no seminário, com sua camisola quase transparente, espantada com o sonho que tivera. Então, encostou a mão no bumbum e sentiu a pele do bumbum arder como se estivesse pegando fogo.

- Ai ai ai... em meus sonhos... apanhei no bumbum de novo. Levei palmadas de novo...

Anne ficou de pé, foi até o espelho, levantou a camisola e viu, à luz do sol de manhãzinha, seu bumbum todo vermelho e cheio de marcas de dedos: palmadas! Mas ela só tivera um sonho... um sonho que a deixaria três ou quatro dias precisando de uma almofada para se sentar.

Depois de se trocar, tomar banho e do café da manhã, Anne foi até o gabinete da diretora do seminário, onde tinha hora marcada para preencher alguns formulários.

- Bom dia, senhora diretora.
- Bom dia, Anne.

Quando Anne puxou a cadeira, percebeu que a diretora tinha colocado uma almofadinha para ela se sentar. Anne ficou envergonhada, mas depois a vergonha diminuiu quando ela percebeu que também a diretora estava sentada em uma almofadinha. A diretora percebeu que Anne tinha notado a almofadinha e corou um pouco. A diretora ajudou Anne a preencher os formulários, e depois disse:

- Anne, sabe que vou me casar no mês que vêm?
- Ah, que bom!
- E você é minha primeira convidada.
- É uma honra, senhora diretora.

Quando Anne saiu do gabinete da diretora, ela pensava: “A diretora é uma moça séria que resistiu as tentações, apesar de ter mais de quarenta anos. Ela merece um bom marido. Eu acho que ele não vai deixar ela ir a praia de biquíni, a diretora é muito bonita de biquíni”.